Escolha de Robert Kennedy Jr. nos EUA penaliza ações de farmacêuticas

16 de Novembro 2024

As ações dos grandes grupos farmacêuticos especializados em vacinas, na Europa e nos Estados Unidos, estão em queda nas bolsas, depois de Donald Trump ter anunciado a escolha de Robert Kennedy Jr. para secretário da Saúde.

Às 12:00 (hora de Lisboa), a francesa Sanofi perdia 2,82% na Bolsa de Paris e a franco-austríaca Valneva recuava 5,64%. Na Bolsa de Londres, a Astrazeneca cedia 2,47% e a GSK baiava 3,07%.

Em Wall Street, na quinta-feira, a Pfizer desceu 2,62% e a Moderna 5,62%. Com descidas mais moderadas, a Johnson & Johnson (J&J) recuou 0,89% e a Merck perdeu 0,14%.

O grupo farmacêutico dinamarquês Novo Nordisk, que produz tratamentos para diabetes e obesidade Ozempic/Wegovy, descia hoje 4,25% em Copenhaga.

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quinta-feira que vai nomear Robert F. Kennedy Jr., um cético em relação às vacinas, para liderar a pasta da Saúde na sua futura administração.

“Durante demasiado tempo os norte-americanos foram esmagados pelo sistema alimentar industrial e pelas farmacêuticas que recorreram ao engano, à desinformação e à manipulação em questões de saúde pública”, afirmou Trump na sua rede social Truth Social.

O republicano prometeu que o Departamento da Saúde desempenhará um papel importante para garantir que todos ficam protegidos “de produtos químicos nocivos, poluentes, pesticidas, produtos farmacêuticos e aditivos alimentares perigosos”.

Robert Kennedy Jr., sobrinho do antigo Presidente John F. Kennedy, é um ex-advogado de direito ambiental sem formação científica e propagou teorias da conspiração, tanto sobre as vacinas contra a covid-19 como sobre alegadas ligações entre vacinação e autismo.

LUSA/HN

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