OE2025: FNAM lamenta que orçamento mantenha subfinanciamento do SNS

29 de Novembro 2024

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) lamentou hoje que o Orçamento do estado para 2025 mantenha o sub-financiamento do Serviço Nacional de Saúde e não preveja a melhoria do salário base dos médicos nem a valorização da carreira.

Num comunicado hoje divulgado a propósito da votação das propostas de alteração ao OE2025 apresentadas pelos partidos, a FNAM recorda que das 257 propostas relativas à saúde a maioria dos deputados escolheu não aprovar as referentes à valorização salarial e à melhoria das condições de trabalho, como o regime de exclusividade e os planos para fixação de médicos.

“Algumas destas propostas, se aprovadas, poderiam constituir medidas centrais numa estratégia global para reverter a fuga de médicos do SNS”, afirma a FNAM, considerando que, desta forma, “os médicos vão continuar a ser ‘expulsos’” do serviço público “com prejuízo para a população e a sua saúde”.

A federação adianta que continuará a defender condições e jornadas de trabalho semanais que promovam a segurança dos doentes, previnam a exaustão, através da conciliação da vida profissional, pessoal e familiar, e salários justos para todos os médicos, com direito à progressão e dignificação da carreira.

O processo orçamental encerra hoje, com as intervenções dos partidos e do Governo e a votação final global do OE2025, que já tem viabilização garantida através da abstenção do PS.

 

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Recurso de Salgado por Alzheimer recusado no TC

O Tribunal Constitucional rejeitou apreciar o recurso de Ricardo Salgado, que alegava inconstitucionalidade na condenação a oito anos de prisão devido ao diagnóstico de Alzheimer, mantendo a decisão da Operação Marquês e agravando as custas.

Fecundidade em Angola caiu e mulheres têm em média 4,8 filhos

A taxa de fecundidade em Angola caiu de 6,2 para 4,8 filhos por mulher em oito anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano hoje divulgados. Entre 2015-2016 e 2023-2024, a fecundidade diminuiu em Angola de 6,2 para 4,8 filhos por mulher, segundo o Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS) 2023-2024, tornado hoje público pelo INE.

Novo modelo agiliza controlo da dor severa no Alto Ave

A Unidade Local de Saúde do Alto Ave criou a Via Verde da Dor Aguda, um projeto inovador que integra resposta hospitalar e domiciliária para doentes com dor mal controlada, promovendo conforto, segurança e qualidade de vida.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights