“No fundo, já se iniciou hoje o processo negocial com o Ministério da Saúde. Vamos assinar [o protocolo negocial] ainda no mês de dezembro”, disse à agência Lusa o presidente do Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, Luís Dupont, após reunir-se com a secretária de Estado da Gestão da Saúde, Cristina Vaz Tomé.
De acordo com Luís Dupont, o Governo demonstrou “abertura para iniciar” as negociações, indicando que já há reuniões agendadas para o início do próximo ano.
“Já temos uma próxima reunião marcada para o início de janeiro com encontros periódicos de 15 em 15 dias – pré-agendados para janeiro e fevereiro – para discutir as diversas matérias”, adiantou.
Luís Dupont avançou ainda que as negociações vão “além daquilo que são as matérias de resolução imediata”, como “a clarificação do sistema da questão dos pontos, a questão da avaliação do desempenho e a tabela salarial”.
“Este processo negocial elenca várias matérias, para nós fundamentais, que vão estar incluídas no protocolo negocial”, sublinhou.
Além do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), estiveram presentes na reunião o Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (Sindite), o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Publica (Sintap) e o Sindicato dos Fisioterapeutas Portugueses (SFP).
Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica fizeram uma greve de quatro dias no final de outubro, em protesto contra “a falta de ação” do Governo para responder às revindicações dos profissionais.
Na altura, o STSS adiantou que a paralisação, que teve uma adesão de cerca de 80% e provocou a desmarcação de “milhares de exames”, surgiu “em resposta à falta de ação do Governo em questões críticas relacionadas com a progressão na carreira e a aplicação de pontos da avaliação de desempenho”.
Em 28 de outubro, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse que as negociações com os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica deveriam ter início “muito proximamente”, considerando que estes profissionais são “uma espécie de cimento do Serviço Nacional de Saúde”.
“Muito proximamente iniciaremos também negociações com os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica e também com os administradores hospitalares”, referiu.
LUSA/HN
0 Comments