A reivindicação da ordem foi manifestada em comunicado um dia após o Governo e Sindicato Nacional dos Farmacêuticos terem chegado a acordo sobre a valorização da carreira e a atualização da grelha salarial, num processo faseado até 2027.
“A Ordem dos Biólogos congratula os farmacêuticos pela vitória negocial alcançada ontem [sexta-feira], mas relembra que a situação não se limita a esta classe profissional”, alerta o comunicado.
A organização profissional lembra que, para além dos farmacêuticos, há um outro grupo de especialistas laboratoriais, que trabalham nas áreas das análises clínicas, genética humana e embriologia humana e reprodução medicamente assistida, que desempenha um “papel crucial no funcionamento diário e na qualidade da resposta prestada aos utentes do Serviço Nacional de Saúde” (SNS).
“Este grupo está há quase 30 anos com a carreira estagnada, sem entrada de novos profissionais, sem formação contínua e sem requalificação ou valorização remuneratória”, lamenta a ordem.
O comunicado refere ainda que os biólogos e bioquímicos que trabalham em análises clínicas e genética humana partilham os laboratórios com os farmacêuticos, possuindo competências técnico-científicas iguais ou superiores, de acordo com as orientações das sociedades científicas europeias.
“Assumem, há décadas, a responsabilidade por setores e unidades laboratoriais e, em muitos casos, são formadores dos atuais residentes farmacêuticos”, salienta também a OB, para quem, apesar disso, “têm sido progressivamente negligenciados pelas sucessivas tutelas da saúde”.
A ordem lembra ainda que há vários anos que reivindica a criação da carreira de biólogo clínico, que considera essencial para resolver os problemas destes profissionais, mas lamenta que as “promessas governamentais nunca se concretizaram”.
A OB disse também que aguarda que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, convoque a ordem “para contribuir na criação da carreira” que abranja os biólogos e bioquímicos que desempenhem funções no SNS.
lusa/HN
0 Comments