“Nós temos de procurar maiores níveis de eficiência. Temos de procurar fontes de receita alternativas, mas também temos de ganhar confiança da entidade que nos financia, para procurar estreitar este ‘gape’”, explicou o novo administrador hospitalar, indigitado pelo Governo Regional, ouvido hoje na Comissão de Assuntos Sociais do parlamento dos Açores, reunida em Ponta Delgada.

Paulo Filipe Diz, especialista em administração hospitalar e que iniciou a sua carreia profissional como técnico oficial de contas, disse aos deputados que não será fácil, no entanto, equilibrar as contas do HSEIT, pelo menos, no imediato.

“Certamente que um ‘gape’ como o que referiu, de 40 milhões de euros, não vai ser extinto num ano”, adiantou o novo administrador hospitalar, que vai substituir no cargo Pedro Marques, que abandonou o cargo, no final de 2024, após três anos em funções.

Questionado sobre se o executivo açoriano de coligação (PSD/CDS-PP/PPM) ter-se-á comprometido com um eventual reforço de financiamento para o HSEIT, o novo presidente do Conselho de Administração garantiu que a questão financeira não pesou quando foi convidado para o cargo.

“Eu já geri dívidas com mil dias em alguns dos hospitais por onde passei e nunca iria fazer depender um sim de um modelo de financiamento, da dívida ou de algum cheque em branco do Governo Regional”, esclareceu.

Paulo Filipe Diz disse também que pretende reduzir as listas de espera em cirurgia, através de uma melhor gestão do bloco operatório, investindo mais na cirurgia em ambulatório.

Outro dos objetivos é reforçar o quadro médico no Hospital da Terceira, através de uma maior oferta de formação para os profissionais de saúde.

lusa/HN