Departamento de Saúde dos EUA começa a despedir funcionários e cortes podem atingir até 10 mil pessoas

2 de Abril 2025

Os funcionários do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos começaram hoje a receber notificações de despedimento, numa reforma da agência federal que procura cortar até 10 mil postos de trabalho, noticiaram os ‘media’ norte-americanos.

Os avisos de despedimento surgiram poucos dias depois de o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, ter decidido retirar aos trabalhadores os direitos de negociação coletiva no Departamento de Saúde e noutras agências governamentais.

No Instituto Nacional de Saúde – classificada como a principal agência médica e de saúde do mundo – os despedimentos ocorreram quando o seu novo diretor, Jay Bhattacharya, iniciava o seu primeiro dia de trabalho.

O secretário da Saúde, Robert F. Kennedy Jr., anunciou na semana passada um plano para reformular o departamento, que, através das suas agências, é responsável por monitorizar as tendências de saúde e os surtos de doenças, conduzir e financiar a investigação médica e monitorizar a segurança alimentar e dos medicamentos, bem como gerir programas de seguro de saúde para quase metade do país.

O plano foi desenhado para consolidar as agências que supervisionam milhares de milhões de dólares para serviços de tratamento de dependências e centros de saúde comunitários num novo gabinete chamado “Governo para uma América Saudável”.

Espera-se que os despedimentos reduzam o Departamento de Saúde para 62.000 postos de trabalho, eliminando quase um quarto do seu pessoal: 10.000 postos de trabalho através de despedimentos e outros 10.000 trabalhadores que aceitaram ofertas de reforma antecipada e de despedimento voluntário.

Na agência que controla a qualidade alimentar e os medicamentos (FDA), dezenas de funcionários envolvidos nos processos de regulamentação de medicamentos e de produtos relacionados com o tabaco receberam notificações, incluindo todo o gabinete responsável pela elaboração de novas regulamentações para os cigarros eletrónicos e outros produtos do tabaco.

Além dos despedimentos nas agências federais de saúde, estão a começar a acontecer cortes nos departamentos de saúde estaduais e locais, como resultado de uma decisão do Governo, na semana passada, de retirar mais de 11 mil milhões de dólares (cerca de 10 mil milhões de euros) em fundos relacionados com a covid-19.

Os representantes sindicais dos funcionários do Departamento de Saúde também já receberam um aviso, na semana passada, a informar que entre 8.000 e 10.000 funcionários serão despedidos.

Kennedy criticou o departamento que supervisiona como uma agência com “exageros de burocracia” e ineficiente, num vídeo divulgado na passada quinta-feira, onde anunciava a reestruturação.

lusa/HN

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