“As Forças de Defesa de Israel (IDF) e as Forças de Segurança de Israel (ISA) atacaram um centro de comando e controlo utilizado pelo Hamas no Hospital Al Ahli, no norte de Gaza. O complexo era utilizado pelos terroristas do Hamas para planear e executar ataques terroristas contra civis e tropas israelitas”, afirmou um comunicado militar hoje após o ataque, que teve lugar por volta das 2:30.
O Exército disse que foram tomadas medidas para mitigar os danos aos civis ou ao complexo hospitalar – que foi colocado fora de ação – emitindo alertas pouco antes do bombardeamento aéreo ou usando “munições de precisão e vigilância aérea”.
Durante a madrugada, o edifício da receção deste centro médico foi atingido por dois mísseis, que o destruíram e provocaram um incêndio que afetou também a zona de urgências, o laboratório e a farmácia, segundo fontes locais e testemunhos à EFE no terreno.
Não houve vítimas diretas do ataque, de acordo com uma fonte do Ministério da Saúde de Gaza.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros e Expatriados palestiniano condenou o ataque, recordando que Israel, durante os 18 meses de guerra, colocou fora de serviço um total de 34 hospitais na Faixa de Gaza, em ataques, cercos militares e incursões, apesar de serem edifícios protegidos em caso de conflito pelo direito humanitário internacional.
“A ocupação (israelita) já destruiu deliberadamente 34 hospitais na Faixa de Gaza, colocando-os fora de serviço, em conjugação com a sua política permanente de privar os cidadãos de alimentos, negando-lhes as suas necessidades básicas e medicamentos”, declarou o ministério em comunicado.
Desde 02 de março, Israel proibiu a entrada de qualquer tipo de mantimentos em Gaza, empurrando centenas de milhares de habitantes para a beira da fome, como denunciou há dias o Programa Alimentar Mundial, que teve de fechar as padarias na Faixa devido à falta de farinha e de gás para cozinhar.
NR/HN/Lusa
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