O estudo, que envolveu 11 países e uma amostra de 1.000 pessoas de cada vez, revela que para mais de metade a proteção do meio ambiente influencia os seus hábitos alimentares, com particular destaque em países como Portugal, Itália, Espanha, Áustria e Eslovénia.
Este trabalho mostra também que apesar de estarem disponíveis para mudanças, os consumidores europeus ainda “tendem a subestimar o impacto dos seus hábitos alimentares no meio ambiente”: mais de 63% dos inquiridos não concordam com a afirmação de que o que comem tem um impacto negativo no meio ambiente e menos da metade (48%) pensa que os hábitos alimentares têm um impacto tão importante quanto o uso do carro.
No entanto, o relatório relembra que, de acordo com a Comissão Europeia, “o consumo de alimentos é, de facto, a principal fonte de efeitos ambientais negativos gerados pelas famílias europeias, seguido das habitações (especialmente devido ao aquecimento) e da mobilidade (especialmente pelo uso do veículo particular)”.
O estudo do BEUC mostra ainda que para a maioria dos consumidores o principal obstáculo à mudança é o preço, mas também a “falta de conhecimento, informações pouco claras e escolhas limitadas”.
Quanto ao consumo de carne vermelha, outro aspeto analisado nesta investigação, um em cada três consumidores afirma estar pronto para reduzir o seu consumo, com exceção da Itália, o único dos 11 países cuja proporção daqueles que desejam reduzir o consumo (45,1%) excede aqueles que não quer (26%).
Esta pesquisa foi realizada no outono de 2019, pelo que não reflete qualquer influência da pandemia de Covid-19.
LUSA/HN
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