O governo da Austrália, país com cerca de 25,5 milhões de habitantes, fechou as fronteiras em março devido à pandemia, um ano depois de limitar a 160.000 a quota anual de imigração permanente, tendo também condicionado a chegada de estrangeiros qualificados a zonas do interior do país, menos povoado.
“Dado o declínio da migração líquida do exterior, espera-se que o crescimento da população se reduza a apenas 0,6% em 2021, a taxa mais baixa desde os anos 1916/1917”, comentou Frydengerg à imprensa.
A população da Austrália, que em meados do século passado pretendia aumentar em dois por cento – metade devido à chegada de estrangeiros -, cresceu 1,4% em 2019, segundo dados oficiais.
O aumento do ano passado deveu-se, em 60,2%, à imigração de outros países, também impulsionada pelos estudantes internacionais.
Com a intenção de reativar o setor da educação, as autoridades australianas anunciaram esta semana que vão começar a processar os vistos de estudantes estrangeiros e vão flexibilizar as condições dos vistos para aqueles que já os obtiveram, se tiverem problemas devido à Covid-19.
As fronteiras fechadas, previsivelmente até ao final do ano, e uma recessão que derrubou 30 anos de crescimento económico, colocam um grande desafio para a Austrália revitalizar a economia, que deve cair 3,75% este ano, especialmente em áreas do interior, onde escasseia a mão-de-obra e trabalhadores qualificados.
Com mais de 13.600 infeções de coronavírus e 139 mortes, o país conseguiu conter o vírus na maior parte do território, mas enfrenta agora uma crise devido a um surto em Melbourne, onde mais de 4.500 contágios foram registados desde o início deste mês.
LUSA/HN
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