Brasil com 921 mortes e mais de 40 mil infeções em 24 horas

29 de Julho 2020

O Brasil registou 921 mortes associadas à Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando agora 88.539 óbitos desde 12 de março, quando foi notificada a primeira vítima mortal da doença no país, anunciou esta quarta-feira o Ministério da Saúde.

Segundo o Governo brasileiro, as secretarias de saúde estaduais reportaram também 40.816 casos do novo coronavírus no último dia.

Este número elevou o total de infeções confirmadas para 2.483.191, sendo que o primeiro caso no Brasil foi registado oficialmente em 26 de fevereiro.

O executivo adiantou que 1.721.560 pessoas já são consideradas recuperadas da doença, enquanto 673.092 permanecem em acompanhamento.

Numa informação enviada pouco depois da divulgação dos últimos dados da pandemia, o Governo brasileiro explicou que a Secretaria de Saúde de São Paulo, o estado mais afetado pela doença no país, relatou dificuldades em exportar a sua base de dados a tempo de atualizar os números nacionais, pelo que estes serão atualizados na quarta-feira.

“A Secretaria estadual de Saúde do Pará também verificou algumas inconsistências na base e corrigiu duplicidades. Por isso, o número total de óbitos informados hoje é menor do que o reportado no domingo”, acrescentou o Ministério da Saúde.

Já o consórcio de empresas de comunicação social que também divulga os números da pandemia recolhidos junto das secretarias de saúde dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal anunciou que o país somou 38.252 casos da doença nas últimas 24 horas, atingindo um total de 2.484.649 infeções.

Quanto aos óbitos provocados pela Covid-19, estes atingiram os 897 no último dia, havendo um total de 88.634 mortes, segundo os dados deste consórcio.

Um estudo serológico hoje divulgado e realizado pela prefeitura de São Paulo naquela que é a maior cidade do Brasil, com quase 12 milhões de habitantes, aponta que cerca de 1,32 milhões de pessoas possuem anticorpos para Covid-19.

A percentagem de pessoas assintomáticas entre as que apresentaram positivo nos testes ao novo coronavírus foi de 39,7%, segundo as autoridades locais.

A investigação também revela que as pessoas pobres estão no grupo das mais infetadas.

“O vírus está a dar luzes sobre a desigualdade que temos na cidade de São Paulo. É quatro vezes maior a incidência do coronavírus na classe D do que na classe A. Ou seja, quem é mais pobre tem mais chance de contrair o vírus”, explicou o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, numa conferência de imprensa.

Os investigadores envolvidos neste estudo, profissionais da área da saúde, visitaram 5.760 domicílios e testaram 2.328 pessoas.

Nessa amostra, a taxa de prevalência da infeção por SARS-COV-2 em São Paulo é de 11,1%.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 654 mil mortos e infetou mais de 16,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

LUSA/HN

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