A denúncia do Bloco de Esquerda (BE) de Espinho surge depois de o centro de vacinação local ter sido encerrado e o processo de inoculação dos respetivos utentes ter passado para um espaço congénere na freguesia de Grijó, já no município vizinho de Gaia, no distrito do Porto.
“Estando no presente os maiores de 80 anos a ser convocados para a terceira toma [da inoculação contra a Covid-19], junto com a toma da vacina da gripe sazonal, é necessário garantir transporte àqueles que não podem contar com familiares, amigos ou vizinhos, nem dispõem de veículo próprio, nem tampouco têm recursos para suportar os custos de uma deslocação a Grijó”, diz o BE em comunicado.
O mesmo partido afirma que “não existe qualquer protocolo de colaboração entre o município de Espinho, as juntas de freguesia e as instituições da saúde” no sentido de facilitar essas deslocações, “o que resulta no desespero daqueles que procuram solução nos balcões de atendimento dos referidos serviços e são enviados de Pilatos para Herodes, sem que nenhuma dessas organizações se preste a dar resposta ao problema”.
O BE reivindica, por isso, que Câmara e juntas devem proceder à “urgente resolução deste tremendo constrangimento, pois cabe também ao poder local a garantia dos direitos de acesso aos cuidados de saúde”.
Questionado pela Lusa, o executivo camarário de Espinho reconhece o problema e diz-se “atento à situação”, informando que está “a trabalhar para encontrar uma solução que sirva verdadeiramente os interesses dos espinhenses”.
Fonte oficial da autarquia adianta: “Estamos em diálogo com a Secretaria de Estado da Saúde, com a Administração Regional de Saúde do Norte, com o Agrupamento de Centros de Saúde [ACES] de Espinho e Gaia e com o núcleo de transição da ‘task force’ contra a Covid-19 para garantir os meios necessários para reativar o Centro de Vacinação de Espinho, que até dia 26 de setembro esteve em funcionamento na antiga Escola da Seara”.
A mesma fonte acrescenta que a Câmara também “formalizará em breve com o ACES de Espinho e Gaia a cedência de uma viatura e motorista para apoiar o processo de vacinação ao domicílio”.
Segundo o mais recente balanço da agência noticiosa France-Presse, desde a descoberta do vírus SARS-CoV-2 em dezembro de 2019 a Covid-19 já provocou mais de cinco milhões de mortes em todo o mundo, entre cerca de 247,5 milhões de infetados.
Em Portugal, onde o primeiro caso de Covid-19 foi diagnosticado em março de 2020, a Direção-Geral da Saúde já registou 18.180 óbitos entre 1.092.666 casos de infeção confirmada.
LUSA/HN
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