Estas posições foram transmitidas pelo secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, após o Presidente da República, numa comunicação ao país, ter anunciado a dissolução do parlamento e convocado eleições legislativas antecipadas para 30 de janeiro de 2022.
Na sua declaração inicial, o “número dois” da direção dos socialistas defendeu que o seu partido “tudo fez para evitar esta crise política, procurando, até ao limite do que considerou ser o interesse nacional, alcançar um acordo para a aprovação do Orçamento de Estado”.
“Os partidos rejeitaram as propostas do Governo sabendo que o Presidente da República havia anunciado que convocaria eleições se o orçamento fosse reprovado”, observou logo a seguir.
Neste contexto político, José Luís Carneiro concluiu: “Compreendemos e respeitamos a decisão do senhor Presidente da República”.
Perante os jornalistas, o secretário-geral adjunto do PS advogou que a proposta de Orçamento para 2022, que foi chumbada no parlamento, “previa mais investimento público na saúde, na educação, na habitação e nos transportes e tinha apoios muito robustos para as empresas e para a economia”.
“Com o PS não haverá vazio de poder. Procuraremos que esta situação prejudique o menos possível o interesse de Portugal e o interesse dos portugueses. Tudo faremos para garantir a atempada e eficaz aplicação dos fundos europeus. Tudo faremos para, no estrito cumprimento da lei, manter o país em condições de recuperar a sua economia e melhorar as condições de vida dos portugueses, assegurando a continuidade de trajetória de crescimento económico e de convergência com a Europa, que os últimos indicadores conhecidos, confirmam estar a acontecer”, declarou.
Em relação ao ato eleitoral de 30 de janeiro próximo, o secretário-geral adjunto do PS apelou a uma “forte mobilização dos portugueses”, tendo em vista “garantir certeza, segurança e estabilidade – fatores essenciais à recuperação do país”.
Já no período de perguntas, José Luís Carneiro reiterou a tese de que o Governo, mesmo nos períodos mais críticos da pandemia da Covid-19, “conseguiu garantir proteção na saúde, no emprego e na economia”.
“Portugal está entre os países mais bem sucedidos na vacinação, tendo atualmente níveis de crescimento económicos que permitem ao país estar a recuperar do que a média da União Europeia”, acrescentou.
LUSA/HN
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