O caso positivo é de um cidadão indonésio que entrou pela fronteira terrestre e está em quarentena em Díli, informou à Lusa a mesma fonte.
Fonte do Governo disse à Lusa que o novo caso foi dado a conhecer hoje pelo primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, durante o arranque das Jornadas Orçamentais, que decorrem no Ministério das Finanças, sem a presença de jornalistas.
Fonte do Ministério da Saúde acrescentou à Lusa que dados do caso serão detalhados numa conferência de imprensa hoje da ministra da Saúde, Odete Belo.
Dados preliminares indicam que se trata de um cidadão indonésio que entrou em Timor-Leste a 22 de julho.
O cidadão indonésio vai agora ser transferido para o centro de isolamento de Vera Cruz, no centro de Díli, que estava sem funcionar desde que os últimos doentes infetados tiveram alta em maio.
O doente infetado terá agora de permanecer em quarentena pelo menos mais 14 dias, para realizar novos testes, podendo ter alta apenas quando tiver dois testes negativos consecutivos.
O caso foi confirmado um dia depois do Governo ter aprovado em Conselho de Ministros solicitar ao Presidente da República a declaração de um novo período de estado de emergência durante 30 dias, mais de um mês depois do país terminar três períodos consecutivos de 30 dias de estado de exceção.
Em comunicado, o Governo explica que a declaração pretende permitir “a suspensão ou a restrição dos direitos de circulação internacional, de circulação e de fixação de residência e de resistência”.
“O Governo propõe ao senhor Presidente da República (…) a declaração do Estado de Emergência”, refere o texto, notando que o Governo teve em conta a “evolução preocupante da situação epidemiológica e a proliferação de casos registados de contágio da Covid-19, tanto a nível regional, como a nível mundial”.
O objetivo é “evitar e neutralizar os riscos de propagação do novo coronavírus, assim protegendo a saúde pública e a capacidade de resposta do Sistema Nacional de Saúde”, acrescenta a nota.
Fonte da Presidência da República disse à Lusa que o pedido do Governo deu entrada hoje, prevendo-se para quarta-feira as necessárias reuniões do Conselho de Estado e do Conselho Superior de Defesa e Segurança, que Francisco Guterres Lu-Olo tem de ouvir antes de decidir se pede ou não autorização ao parlamento.
Caso o fizer, o Parlamento Nacional – que está em recesso – terá que se reunir em plenário extraordinário, debater se dá ou não autorização ao Presidente timorense.
Em caso afirmativo, Francisco Guterres Lu-Olo poderá decretar o estado de emergência.
Só depois disso o Governo se reúne para determinar as restrições que vão ser aplicadas no país.
Os últimos dados do Ministério da Saúde mostram que atualmente há 250 pessoas em quarentena em instalações do Estado – 212 em Díli, 31 no enclave de Oecusse e sete em Covalima – a que se somam 144 em auto confinamento, quase todos em Díli.
O Governo realizou já um total de 4.238 testes, estando ao final de segunda-feira, 167 pessoas ainda à espera de conhecer os resultados.
Mais de 2880 pessoas já completaram a quarentena em Timor-Leste desde que essa medida começou a ser aplicada.
Desde o início da pandemia Timor-Leste registou 25 casos confirmados, dos quais 24 recuperados.
LUSA/HN
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