Os dados hoje divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) mostram em relação à semana passada um aumento substancial de concelhos no nível mais elevado de incidência, que passaram de 151 para 282.
Dos 26 concelhos com menos casos de covid-19 parte deles estão também prestes a atingir o limite, ou seja, uma incidência cumulativa a 14 dias superior a 960 casos de infeção por 100 mil habitantes. Este é o patamar mais alto dos sete definidos pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla original).
No grupo de concelhos com menos casos destacam-se dois nos Açores, Velas, com 118 casos, e Santa Cruz das Flores, com 231. São dos Açores também os outros dois concelhos com menos casos, Santa Cruz da Graciosa e Calheta.
Velas é o único concelho do país que apresenta uma incidência entre os 60 e os 119,9 casos, o segundo nível mais baixo dos critérios do ECDC.
No lado oposto, no mapa dos concelhos da DGS quase todo pintado a vermelho escuro, sobressaem concelhos que ainda não atingiram os 960 casos de infeção por mil habitantes mas que estão muito perto, como Odemira com 958, São Roque do Pico com 915, ou Aguiar da Beira com 906.
Em relação aos concelhos com uma incidência de infeções acima de 2.000 casos o número passou de oito na semana passada para mais de 120 esta semana.
E se na semana passada apenas Porto Santo tinha mais de 4.000 casos, esta semana são ao todo quatro concelhos que ultrapassaram esse número, Câmara de Lobos, Ferreira do Zêzere e Lisboa, além de Porto Santo.
Na nota explicativa dos dados por concelhos, divulgados no boletim epidemiológico da DGS, é referido que a incidência cumulativa “corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada”.
A covid-19 provocou 5.470.916 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.071 pessoas e foram contabilizados 1.577.784 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
LUSA/HN
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