Brasil contabiliza 1.274 mortos e 52.160 casos nas últimas 24 horas

12 de Agosto 2020

O Brasil registou 1.274 mortos e 52.160 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 103.026 óbitos e 3.109.630 infetados desde o início da pandemia, informou esta quarta-feira o executivo.

De acordo com o Ministério da Saúde, 413 das 1.274 mortes ocorreram nos últimos três dias, mas foram incluídas nos dados de hoje, quando ainda está a ser investigada a eventual relação de 3.580 óbitos com a Covid-19.

O Brasil, que ocupa a segunda posição na lista de países mais afetados pelo novo coronavírus, apenas atrás dos Estados Unidos da América, é também a segunda nação com maior número de recuperados, com 2.243.124 pacientes a superarem a doença.

Até ao momento, 763.480 doentes infetados continuam sob acompanhamento, segundo a tutela.

O país sul-americano, com uma população estimada de 210 milhões de pessoas, tem agora uma incidência de 49 óbitos e 1.479,7 casos da doença por cada 100 mil habitantes.

Já a taxa de letalidade da Covid-19 mantém-se nos 3,3%.

O estado de São Paulo continua a ser o foco da pandemia no Brasil, totalizando oficialmente 639.562 pessoas diagnosticadas e 25.571 vítimas mortais.

Já um consórcio formado pela imprensa brasileira, que decidiu colaborar na recolha de informações junto das secretarias de Saúde estaduais, anunciou que o país registou 1.242 mortes e 56.081 novos infetados nas últimas 24 horas.

No total, o consórcio formado pelos principais media do Brasil indicou que o país totaliza 3.112.393 casos e 103.099 vítimas mortais desde o início da pandemia.

Apesar de o novo coronavírus ter sido registado oficialmente no país em 26 de fevereiro, surgiram agora informações de que o vírus poderá estar em circulação há mais tempo.

O secretário de Saúde do estado do Espírito Santo, Nésio Fernandes, disse hoje, em conferência de imprensa, que foram detetados anticorpos do novo coronavírus num morador que fez uma doação de sangue em 11 de fevereiro.

“Nós identificámos numa amostra biológica datada de 11 de fevereiro os anticorpos para a Covid-19 de uma paciente que doou sangue (…), que não viajou para o exterior e apresentou sintomas respiratórios um mês antes da doação de sangue, estando assintomática nos últimos 14 dias anteriores à doação. Nós notificámos o Ministério da Saúde. Os dados da paciente serão preservados”, disse o secretário.

De acordo com o Nésio Fernandes, o facto de a paciente apresentar sintomas respiratórios um mês antes de ter efetuado a doação de sangue é sinónimo de que “a doença já circulava” antes do dia 26 de fevereiro, data oficial do primeiro caso no Brasil, registado em São Paulo.

O diretor do Instituto Butantan, instituição científica que produz vacinas há mais de um século e que está ligada ao governo estadual de São Paulo, afirmou hoje que este estado pode iniciar a vacinação contra o novo coronavírus já em janeiro de 2021.

O Butantan fez acordo com a farmacêutica chinesa Sinovac para testar e produzir em larga escala a vacina contra a Covid-19. Os ensaios clínicos acontecem em seis estados e vão envolver nove mil voluntários.

“Muita gente diz que é otimismo demais. Isso pode estar relacionado com outras vacinas, mas não com essa [chinesa]”, disse o diretor do instituto, Dimas Covas, citado pelo jornal Folha de S.Paulo.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 736 mil mortos e infetou mais de 20,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

LUSA/HN

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