Angola prorrogou a situação de calamidade pública, com novas regras, a partir do dia 09 de agosto por mais um período de 30 dias.
Desde 26 de maio, altura em que vigorou a situação de calamidade pública, foram feitas 4.100 detenções devido ao incumprimento das disposições legais, incluindo 902 detidos por desobediência, 2.887 por violação das cercas sanitárias, sete por tentativas de corrupção de agentes da autoridade e 304 por desacatos ou resistência às ordens.
Segundo o porta-voz do ministério, Valdemar José, houve também quatro atropelamentos de cidadãos que queriam passar barreiras policiais e 17 agressões dirigidas a polícias.
Além disso foram aplicadas “inúmeras multas”, acrescentou após ser apresentado o último balanço da pandemia de Covid-19.
“Infelizmente, ainda existe inobservância dos pressupostos”, salientou o responsável da polícia, lembrando que as multas só foram aplicadas nos territórios sob cerca sanitária, nomeadamente a província de Luanda e município do Cazenga, no Cuanza Norte.
No total foram aplicadas 6.890 multas, das quais 5.765 por falta de uso de máscara, 266 por venda ambulante em período não autorizado, 297 a restaurantes e similares por funcionarem fora do horário estabelecido, 496 por comercialização de bens fora do horário e 72 por prática desportiva individual.
Foi também interditada a abertura de 214 estabelecimentos de diversão noturna e impedidas 495 atividades desportivas e treino, 136 atividades religiosas e dispersas 127 cerimónias fúnebres.
Foram também apreendidas 6.584 viaturas e veículos motorizados: 1.807 táxis (transportes coletivos) apreendidos por excesso de lotação e 4.697 pelo exercício da atividade de mototáxi.
Mais de mil mercados de venda ambulante e artesanato foram encerrados por não estarem reunidas as condições de biossegurança, tendo sido ainda detetadas 1.208 infrações em fronteiras, das quais 1.115 por ações de migração, e protegidos 21 centros de quarentena.
O número de mortes por Covid-19 em Angola, que soma já 1.735 casos, aumentou hoje para 80, com dois óbitos, anunciou o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda.
LUSA/HN
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