Organização Mundial da Saúde recomenda reforço com vacina da Pfizer em menores de 12 anos

21 de Janeiro 2022

O comité de peritos assessor da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou esta sexta-feira que seja alargada a administração de uma dose reduzida da vacina da Pfizer-BioNTech contra a Covid-19 a crianças dos 5 aos 11 anos.

A dose aconselhada para este grupo etário é de 10 microgramas, em vez dos 30 microgramas para os maiores de 12 anos, indicou o SAGE, salientando que as crianças dos cinco aos 11 anos constituem a franja de prioridade mais baixa, salvo se tiverem doenças graves anteriores.

O Grupo Assessor Estratégico de Peritos da OMS (SAGE) acordou na última reunião recomendar também que a dose de reforço desta vacina comece a ser aplicada primeiro aos grupos de risco, como idosos e profissionais de saúde entre quatro a seis meses depois do esquema completo.

Os peritos da OMS instaram os países com cobertura de vacina mais baixa a concentrarem-se primeiro em aumentar a vacinação nos grupos de maior risco, antes de a oferecerem aos de menor risco.

Em países com cobertura média a elevada em grupos de riscos, a prioridade deve ser oferecer a dose de reforço a estes, antes de imunizar com a vacinação completa os de menor prioridade.

O SAGE classificou como “anúncios positivos” as previsões de produção de doses para este ano e considerou que deverão garantir a administração de vacinas a nível global.

“O número de doses mensais previsto é suficiente para cobrir os diferentes cenários de cobertura dos vários países, incluindo as doses de reforço”, sublinhou, em conferência de imprensa virtual, a diretora do Departamento de Imunização da OMS, Kate O’Brien.

O’Brien alertou, no entanto, que isto só será possível se a distribuição de vacinas deixar de ser “desigual” e não se repetirem as limitações na administração.

A cobertura em 34 países é ainda inferior a 10% da população total, enquanto em 86 se sita em cerca de 40%, devido à acumulação de doses ocorrida no ano passado em alguns países, recordou a especialista da OMS.

A Covid-19 provocou pelo menos 5,57 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Mónica Nave: “É muito importante conhecer as histórias familiares de doença oncológica”

No âmbito do Dia Mundial do Cancro do Ovário, a especialista em Oncologia, Mónica Nave, falou ao HealthNews sobre a gravidade da doença e a importância de conhecer histórias familiares de doença oncológica. Em entrevista, a médica abordou ainda alguns dos principais sintomas. De acordo com os dados da GLOBOCAN 2022, em Portugal foram diagnosticados 682 novos casos de cancro do ovário em 2022. No mesmo ano foi responsável por 472 mortes, colocando-o como o oitavo cancro mais mortal no sexo feminino.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights