Brasil contabiliza mais de 630 mil mortes e 26,2 milhões de casos

5 de Fevereiro 2022

O Brasil, um dos países mais afetados pela pandemia no mundo, totalizou 630.494 mortes e 26.275.831 casos de Covid-19, informou esta sexta-feira o Ministério da Saúde.

Nas últimas 24 horas, o Brasil registou 184.311 infeções, um dos números mais altos para um dia desde o início da pandemia, apesar de não terem sido incluídos dados dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, os mais afetados pelo coronavírus no país, que tiveram dificuldades técnicas para atualizar informações.

O Brasil contabilizou 493 novas mortes em 24 horas, total que mantém o país como o segundo mais impactado em número de vítimas, depois apenas dos Estados Unidos.

Apesar de a campanha de vacinação ter permitido que os números de mortes e infeções caíssem em dezembro no gigante sul-americano para os níveis mais baixos em 20 meses, a chegada da Ómicron, em janeiro, iniciou uma terceira vaga da pandemia com números recordes de infeções.

O Brasil registou 298.408 novos casos na quinta-feira, o maior número para um dia desde o início da pandemia, além de 1.041 novas mortes, com as quais voltou a ultrapassar mil óbitos diários, algo que não acontecia há cinco meses.

O número de casos se multiplicou mais de 150 vezes em pouco mais de um mês devido à rápida disseminação da Ómicron, uma estirpe muito mais contagiosa da Covid-19.

O número de mortes também vem subindo rapidamente, de 24 registadas em 26 de dezembro para 1.041 na última quinta-feira, mas ainda está longe do recorde estabelecido em 8 de abril do ano passado, quando o país contabilizou 4.250 vítimas mortais num único dia.

O Brasil iniciou sua campanha de vacinação em janeiro de 2021 e já imunizou 152,75 milhões de pessoas com duas doses ou a vacina de dose única, dado que equivale a 71,7% dos 213 milhões de habitantes do país.

Como consequência da rápida disseminação da Ómicron, um terço dos 27 estados do gigante sul-americano estão em alerta, pois já têm mais de 80% das camas disponíveis nas unidades de terapia intensiva de seus hospitais ocupados.

A pior situação é a do estado de Mato Grosso do Sul, que já tem 100% de suas unidades ocupadas e fila de espera de pacientes que precisam ser atendidos em leitos com equipamentos especiais de oxigenação.

Outros 10 dos 27 estados do Brasil estão em estado de alerta intermediário por terem entre 60% e 80% de suas unidades de terapia intensiva ocupadas, segundo informações divulgadas na quinta-feira pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A Covid-19 provocou pelo menos 5.710.711 de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.

LUSA/HN

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