Corroios cria serviço de apoio psicológico para ajudar a superar impacto da pandemia

1 de Março 2022

A Junta de Freguesia de Corroios, concelho do Seixal, criou um projeto de apoio psicológico à população para ajudar a gerir as emoções face ao impacto de dois anos de pandemia.

Os objetivos deste serviço incidem na gestão de emoções, no desenvolvimento das capacidades de resistência psicológica, na redução do risco de surgimento ou agravamento de problemas de saúde mental e na promoção da sensação de segurança.

Segundo Marta Oliveira, técnica da Junta de Freguesia de Corroios (distrito de Setúbal), o serviço começou há pouco tempo de forma presencial nas instalações do Auditório José Queluz, ainda que com um pequeno grupo de pessoas, dados os constrangimentos da pandemia.

Este programa de apoio à população em situações de ansiedade e desenvolvimento de medos, sentimentos de fragilidade e agravamento da doença de foro psicológico foi criado em parceria com a Associação para a Inclusão do Desenvolvimento Sustentável – AMIDS.

No início da pandemia, o concelho do Seixal ativou ainda uma linha de apoio psicológico em parceria com a associação Voz do Amor, que funcionou de 24 de março a 30 de junho de 2020, tendo atendido 100 pessoas, a maioria mulheres, com idades entre os 11 e os 76 anos.

De acordo com o presidente da associação Voz do Amor, João Carvalho, foram apuradas diversas vulnerabilidades e aparentes patologias, sendo as mais predominantes a questão do isolamento social, a ansiedade, o pânico e alguns quadros a configurarem depressão e perturbações de comportamento.

Recorreram à linha pessoas de várias zonas do concelho do Seixal, assim como residentes em Almada e Barreiro, e foram efetuados diversos encaminhamentos para serviços de saúde e instituições concelhias.

No concelho do Barreiro, a Linha de Apoio Psicológico (LAP) criada em abril de 2020 e desativada em novembro de 2021 foi procurada por residentes das freguesias do Alto do Seixalinho, Lavradio, Barreiro, Santo António da Charneca e Verderena, a maioria com mais de 70 anos, seguida da faixa etária dos 40 aos 49 e dos 60 aos 69 anos.

Durante este período, segundo o município, foram acompanhadas 67 pessoas e realizaram-se 649 sessões de atendimento. Apesar de a linha se encontrar inativa desde novembro, foi mantido o acompanhamento de casos ativos até à sua resolução, não sendo recebidas novas situações, porque a procura diminuiu substancialmente.

A autarquia assegura que continua, no entanto, a prestar apoio através da sua Linha de Apoio Social (LAS) e sempre que se verifiquem casos mais complexos são encaminhados para as entidades competentes.

A LAS, criada na altura do primeiro estado de emergência nacional e em funcionamento até hoje, pretende ser um recurso com vista ao encaminhamento social e/ou ao apoio a vários tipos de necessidades, entre as quais de natureza alimentar ou de medicação, mas também o encaminhamento para entidades que permitam a resolução definitiva da situação.

Após um diagnóstico social e avaliação da situação, são, posteriormente, realizadas diligências exteriores, tais como a entrega de cabazes alimentares, caso seja essa a necessidade.

Anualmente, e em parceria com as diversas instituições do concelho que prestam apoio alimentar, juntas de freguesia e com a cadeira Pingo Doce, a autarquia elege um conjunto de famílias prioritárias que recebe um cabaz de Natal, tendo sido atribuídos 800 nos últimos dois anos.

Desde o início do seu funcionamento, a LAS já recebeu perto de 2.000 chamadas e atualmente a média de chamadas mensal é de cerca de 50, com pedidos de ajuda maioritariamente por carência económica e com necessidade de encaminhamento social imediato.

No último período avaliado (final do mês de outubro) foram intervencionados, em média, 54 agregados, com 70 adultos e 40 crianças, indicou o município.

LUSA/HN

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