O departamento recomendou ainda aos cidadãos norte-americanos que não viajem para a China devido à “aplicação arbitrária” de restrições contra o novo coronavírus responsável pela covid-19, de acordo com um comunicado.
O comunicado lembrou que as medidas impostas na região de Hong Kong, na província de Jilin e em Xangai devido às restrições “incluem o risco de separação de pais e filhos”.
Os diplomatas dos EUA também partilharam com as autoridades chinesas “as suas preocupações em relação à segurança e bem-estar dos cidadãos norte-americanos”.
A ordem de retirada surge quatro dias depois de Washington ter autorizado a saída voluntária dos funcionários não essenciais do Consulado-Geral dos EUA em Xangai.
Em resposta, a China apresentou uma queixa formal aos Estados Unidos.
“Temos tentado ajudar, dentro do possível, o pessoal diplomático e consular residente na China. Não estamos nada satisfeitos com a decisão das autoridades norte-americanas. Opomo-nos, firmemente, à decisão que tomaram”, disse, na sexta-feira, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Zhao Lijian.
Nas últimas 24 horas, Xangai registou mais de 23 mil novos casos de COVID-19, anunciou o governo local.
Este valor é cinco vezes maior do que o registado em 28 de março, 4.477 infeções, dia em que a cidade entrou pela primeira vez em confinamento.
Xangai, a ‘capital’ financeira da China, com 26 milhões de habitantes, está sob bloqueio, com muitos moradores confinados em casa há três semanas.
A Comissão de Saúde da China anunciou ter detetado 1.272 casos positivos de covid-19, nas últimas 24 horas, dos quais 1.251 devido a contágio local, além de 23.387 casos assintomáticos, com a esmagadora maioria a ser registada em Xangai.
As autoridades de saúde garantiram que o número de mortes se mantém inalterado em 4.638. As últimas duas mortes relacionadas com a covid-19 foram anunciadas a 19 de março, na província de Jilin, no nordeste da China.
Familiares disseram à agência de notícias Associated Press que vários pacientes poderão ter morrido de covid-19 no hospital para idosos Shanghai Donghai Elderly Care, depois muitos funcionários terem sido levados para quarentena devido às rígidas regras de combate à pandemia.
A covid-19 provocou mais de seis milhões de mortos em todo o mundo desde o início da pandemia.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
NR/HN/LUSA
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