Atendendo ao impacto provocado pela pandemia no acesso e acompanhamento médico, a SRCOM exortou ontem o Ministério da Saúde a implementar um Plano Nacional para o Planeamento Familiar.
Em comunicado, os médico do centro questionam “Se há tantos utentes sem médico de família, como poderemos estar a colocar como tema de discussão as avaliações de desempenho de médicos quanto à interrupção voluntária da gravidez?”.
De acordo com a SRCOM, “a ministra da Saúde não perde uma oportunidade para responsabilizar os profissionais de saúde e, neste caso concreto dos médicos, pelas falhas no planeamento familiar.”
Citado pela nota, o responsável Carlos Cortes, considera que a com a inclusão dos indicadores IVG (abortos voluntários) na avaliação de desempenho dos profissionais “estamos a estigmatizar as mulheres que decidem interromper a gravidez e estamos a responsabilizar os médicos por uma decisão que é do foro íntimo de cada mulher”.
A SRCOM deixou fortes críticas à responsável da pasta da Saúde. “É preciso uma ministra da Saúde, não uma Ministra só da COVID-19. Há problemas graves que urge resolver de forma hábil e assertiva. Ao querer colocar o ónus da gravidez não desejada nos médicos e nos casais demonstra uma profunda desorientação do Ministério da Saúde”.
PR/HN/Vaishaly Camões
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