“Ainda não está bem definido. Estamos em vias de medir todos os custos de produção que serão nossos nos próximos meses”, disse o líder da companhia farmacêutica, saudando a “partilha de riscos com os Estados” que permite ter preços “tão baixos quanto possível” e deixando uma garantia: “Estaremos a menos de 10 euros por dose”.
Confrontado com o custo de cerca de 2,50 euros por dose da vacina desenvolvida pelo concorrente AstraZeneca, Olivier Bogillot justificou a diferença com o facto de a sua empresa apostar na utilização de recursos internos, como os “próprios investigadores e as próprias fábricas”, ao passo que a companhia anglo-sueca “externalizou a produção” em larga escala.
Paralelamente, o presidente da Sanofi reiterou que “os franceses e os europeus terão a vacina ao mesmo tempo que os doentes americanos”.
Segundo os dados avançados pela empresa, os Estados Unidos terão cerca de 100 milhões de doses, os europeus receberão 300 milhões e a Grã-Bretanha irá ser contemplada com 60 milhões de doses.
Olivier Bogillot enalteceu ainda a importância da colaboração com o concorrente britânico, assumindo que “não é comum” haver a junção de forças numa investigação desta dimensão, mas considerou ser “bastante saudável nesta guerra contra a covid-19″.
A pandemia de covid-19 já provocou mais 875 mil mortos e infetou mais de 26,6 milhões de pessoas no mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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