China alega que dados sobre a Covid-19 são transparentes

30 de Dezembro 2022

Os dados da China sobre o número de mortes de Covid-19 foram sempre transparentes, disseram as autoridades de saúde chinesas, apesar de uma discrepância com a realidade das estatísticas até agora fornecidas por Pequim.

“A China sempre publicou os seus dados sobre mortes e casos graves de Covid-19 num espírito de abertura e transparência”, disse Jiao Yahui, funcionário da Comissão de Saúde chinesa, na quinta-feira à noite, citado pela agência de notícias estatal Xinhua.

O país está a sofrer uma onda de infeções a uma escala sem precedentes desde o abandono abrupto, no início deste mês, da política “zero covid”, em que a última decisão foi o fim, a partir de 08 de janeiro, das quarentenas obrigatórias à chegada à China.

Jiao Yahui lembrou que apenas os pacientes que morreram de insuficiência respiratória causada pelo vírus, depois de teste PCR foram considerados vítimas de Covid-19.

Noutros países, os pacientes que morrem dentro de 28 dias após um teste positivo são contados como mortes por covid.

“A China sempre se comprometeu com os critérios científicos para determinar mortes de Covid-19, o que está de acordo com os critérios internacionais, desde o início até ao fim”, disse Jiao.

De acordo com a redução das restrições, a partir de 08 de janeiro, a China vai classificar a Covid-19 como uma doença infeciosa de categoria B, quando até agora era de de categoria A, permitindo flexibilizar ainda mais as regras sanitárias.

Liang Wannian, chefe da política anti-covid da Comissão de Saúde da China, disse que a decisão era apropriada, científica e legalmente sólida, noticiou a Xinhua.

A mudança não significa que a China esteja a abrir a porta ao vírus, mas que está a dedicar mais recursos às áreas mais importantes, como o controlo de epidemias e o tratamento de pessoas infetadas, explicou Liang Wannian.

De acordo com a Universidade norte-americana Johns Hopkins, que desde o início da pandemia, fornece dados sobre casos e mortes da doença, a China registou até agora 4,4 milhões de casos e 16.938 óbitos.

A Covid-19 é uma doença respiratória infeciosa causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado há três anos na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, tendo assumido várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras.

A doença é uma emergência de saúde pública internacional desde 30 de janeiro de 2020 e uma pandemia desde 11 de março de 2020.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Consórcio português quer produzir terapias inovadoras com células CAR-T

Um consórcio português que junta clínicos, investigadores e académicos quer desenvolver capacidade nacional para produzir terapias inovadoras com células CAR-T, uma forma avançada de imunoterapia que tem demonstrado taxas de sucesso em certos cancros do sangue, foi hoje divulgado.

Consumo de droga em Lisboa aumentou e de forma desorganizada

Uma técnica de uma organização não-governamental (ONG), que presta assistência a toxicodependentes, considerou hoje que o consumo na cidade de Lisboa está a aumentar e de forma desorganizada, com situações de recaída de pessoas que já tinham alguma estabilidade.

Moçambique regista cerca de 25 mil casos de cancro anualmente

Moçambique regista anualmente cerca de 25 mil casos de diferentes tipos de cancro, dos quais 17 mil resultam em óbitos, estimaram hoje as autoridades de saúde, apontando a falta de profissionais qualificados como principal dificuldade.

Ana Povo e Francisco Nuno Rocha Gonçalves: secretários de estados da saúde

O XXV Governo Constitucional de Portugal, liderado pelo Primeiro-Ministro Luís Montenegro, anunciou a recondução de Ana Margarida Pinheiro Povo como Secretária de Estado da Saúde. Esta decisão reflete uma aposta na continuidade das políticas de saúde implementadas no mandato anterior.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights