Covid-19: Ocupação hospitalar e mortalidade com tendência decrescente

9 de Julho 2022

A ocupação hospitalar e a mortalidade por covid-19 registam uma tendência decrescente em Portugal e a linhagem BA.5 da variante Ómicron já é responsável por 96% dos contágios, refere o relatório semanal da evolução da pandemia.

“Observou-se uma tendência decrescente da ocupação hospitalar por casos de covid-19”, com 1.213 internados na segunda-feira, que representam menos 16% do que os hospitalizados no mesmo dia da semana anterior, revela o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) hoje divulgado.

Quanto aos cuidados intensivos, os 72 doentes que estavam nessas unidades na segunda-feira correspondiam a 28,2% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas nos hospitais, quando na semana anterior este indicador estava nos 31,8%.

O relatório indica ainda que a mortalidade específica por covid-19 registou um valor de 26,5 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes, também com tendência decrescente, mas ainda superior ao limiar de 20 mortes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC).

De acordo com a autoridade de saúde, na última semana, a mortalidade por todas as causas encontra-se “próxima do limite superior dos valores esperados para esta época do ano”, em parte associado à mortalidade específica por covid-19.

A linhagem BA.5 da variante Ómicron, que tem revelado uma maior capacidade de transmissão, continua a ser “claramente dominante” em Portugal, sendo agora responsável por 96% das infeções registados no país, estimam a DGS e o INSA.

Nos últimos sete dias, a percentagem de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 40,9% e registou-se, nesse período, uma diminuição no número de diagnósticos realizados, que passou de cerca de 171 mil para perto de 161 mil.

Desde o início da pandemia – em março de 2020 – e até à última segunda-feira, foram registados em Portugal mais de 5,2 milhões de casos de infeção pelo coronavírus que causa a covid-19, cerca de 324 mil dos quais “suspeitas de reinfeção”, que representam 6,2% do total de casos.

A maior percentagem das reinfeções (66,5%) reportada entre 91 e 180 dias ocorreu durante o atual período de predominância da linhagem BA.5 da Ómicron, revela ainda o relatório.

O número de novas infeções por 100 mil habitantes acumulado nos últimos sete dias foi de 635 casos e o índice de transmissibilidade (Rt) – indicador que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do vírus – está abaixo do limiar de 1 a nível nacional e em todas as regiões do continente.

Perante estes indicadores, a DGS e o INSA consideram que a covid-19 “mantém uma incidência muito elevada, embora com tendência decrescente”, e recomendam que seja mantida a vigilância da situação epidemiológica, o reforço das medidas de proteção individual, a vacinação de reforço e a comunicação frequente dessas medidas à população.

LUSA/HN

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