APFisio alerta para falta de fisioterapeutas

8 de Setembro 2020

No dia Mundial da Fisioterapia, que se assinala hoje, a Associação Portuguesa de Fisioterapeutas revela que cerca de 30% dos Agrupamentos de Centros de Saúde não tem fisioterapeutas, sendo a Região de Lisboa e Vale do Tejo e a Região Norte as que apresentam os valores mais baixos do país,

No dia Mundial da Fisioterapia, que se assinala hoje, a Associação Portuguesa de Fisioterapeutas revela que cerca de 30% dos Agrupamentos de Centros de Saúde não tem fisioterapeutas, sendo a Região de Lisboa e Vale do Tejo e a Região Norte as que apresentam os valores mais baixos do país, com a Região Norte a não atingir o valor médio de um fisioterapeuta para cada cem mil habitantes.
Segundo o presidente da APFisio, o problema não está na qualidade da formação dos fisioterapeutas, mas sim no número de fisioterapeutas disponíveis, um indicador de saúde que gostaria de ver melhorado através das políticas de saúde.
A APFisio defende assim um urgente investimento nos recursos humanos de fisioterapia e nos Cuidados de Saúde Primários pelas palavras do seu presidente, Aderito Seixas. “De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, existem apenas 906 fisioterapeutas nos hospitais públicos. No global, considerando os hospitais públicos e os Cuidados de Saúde Primários, o número de fisioterapeutas no sistema de saúde público é pouco superior a mil. Vemos estes números com muita apreensão. É uma situação muito grave e que requer correção urgente”.
Segundo Adérito Seixas, Portugal carece ainda de soluções que potenciem a acessibilidade dos cidadãos aos cuidados de fisioterapia, algo que permitiria obter ganhos na saúde dos utentes e teria repercussões a nível do Sistema nacional de Saúde como a redução de consultas médicas, a redução dos exames de diagnóstico, redução dos procedimentos cirúrgicos, redução do absentismo laboral, um retorno mais rápido à atividade e melhoria da participação social.
“Neste momento, o acesso aos cuidados de fisioterapia no SNS não é eficiente, nem sustentável, por manifesta carência de fisioterapeutas no SNS, mas também porque o acesso aos seus cuidados sofre barreiras normativas, com evidente prejuízo para o SNS e para o utente”, esclarece Adérito Seixas.

 

CI/João Marques

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