Óbito de doente com cólera na África do Sul interrompe 15 anos sem registo de mortes

23 de Fevereiro 2023

Um homem de 24 anos morreu de cólera na África do Sul, interrompendo um registo de 15 anos sem óbitos resultantes desta doença infecciosa, alertaram hoje as autoridades sanitárias sul-africanas

A vítima, originária de Benoni, a cerca de 40 quilómetros de Joanesburgo, morreu no domingo quando estava hospitalizada, anunciou o Ministério da Saúde em comunicado.

Os testes realizados posteriormente deram positivo para cólera.

No total, foram registados cinco casos na África do Sul desde o início do mês.

A última epidemia de cólera na África do Sul data de 2008-2009, com cerca de 12.000 casos confirmados.

A doença era então galopante no vizinho Zimbábue.

Desta vez, o centro da epidemia está no Maláui, país do sul da África que vive uma onda letal e carente de vacinas. Pelo menos 1.400 pessoas morreram dos 45.000 casos registados desde março de 2022 no país, considerado um dos mais pobres do mundo, segundo a ONU.

Infeção diarreica aguda causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados com bactérias, os casos de cólera estão a aumentar, principalmente em África, alertou recentemente a Organização Mundial da Saúde.

No vizinho Moçambique, um surto de cólera matou um total de 37 pessoas, anunciou na quarta-feira o Ministério da Saúde moçambicano.

As vítimas estão entre os 5.260 casos registados pelas autoridades moçambicanas.

Surtos de cólera e outras doenças diarreicas surgem sazonalmente em Moçambique durante a época das chuvas.

Entre outubro e abril, Moçambique é ciclicamente atingido por cheias, fenómeno justificado pela sua localização geográfica, sujeita à passagem de tempestades e, ao mesmo tempo, a jusante da maioria das bacias hidrográficas da África Austral.

NR/HN/Lusa

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