Presidente do Governo dos Açores apela à cooperação das forças armadas na ciência e inovação

26 de Fevereiro 2023

O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, disse hoje contar com a cooperação das forças armadas na ciência e investigação, áreas em que o arquipélago quer ser “ator” no futuro.

“Estou convicto de que os Açores e os açorianos darão este impulso e hoje e aqui o presidente do Governo dos Açores dá este impulso. Nós somos atores, não seremos apenas sujeitos nesta missão do futuro e contamos com as forças armadas para nos darem este impulso”, afirmou o chefe do executivo açoriano.

José Manuel Bolieiro falava em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, numa cerimónia militar que encerrou as comemorações do 30.º aniversário do Comando Operacional dos Açores.

Segundo o presidente do Governo Regional, os Açores têm potencial para desenvolverem a sua economia azul e a sua economia espacial, se apostarem na ciência e no conhecimento.

“Sendo nós um povo insular, olhamos o mar como o nosso parceiro estratégico, tantas vezes adverso, mas quantas serão para o futuro as oportunidades da economia, da ciência, da investigação, da vigilância, da segurança, do comando e do controlo”, apontou.

José Manuel Bolieiro defendeu que as forças armadas terão “especial relevância” no futuro no apoio à ciência e inovação.

“Devemos contar neste devir português e açoriano do futuro ligado à ciência e à investigação, pelo domínio territorial marítimo e espacial, bem mais amplo do que o terrestre, com as forças armadas, nesta componente afirmativa da presença pela vigilância e segurança dos nossos ativos”, sublinhou.

Numa cerimónia que assinalou os 30 anos do Comando Operacional dos Açores, o chefe do executivo açoriano deixou também “uma palavra de reconhecimento e gratidão” pelo “relevante papel e missão que desempenham as forças armadas nos Açores no apoio às suas populações”.

José Manuel Bolieiro destacou a “prontidão e disponibilidade” das forças armadas portuguesas no apoio ao abastecimento da ilha do Corvo, que ficou “praticamente inacessível” durante o mês de dezembro de 2020, devido a condições meteorológicas.

Agradeceu ainda o “apoio científico e técnico” do Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, António Silva Ribeiro, na escolha de um navio “que assegurasse com o seu perfil mais certeza de eficácia no abastecimento do Corvo”.

O chefe do executivo açoriano lembrou o apoio das forças armadas no “controlo epidemiológico” da pandemia de covid-19 no arquipélago, referindo-se às cercas sanitárias implementadas e ao processo de vacinação.

“Contámos com as forças armadas para o sucesso inequívoco e pioneiro, numa ou outra circunstância, da vacinação em ilhas com os constrangimentos que as nossas têm”, apontou.

José Manuel Bolieiro considerou ainda “exemplar” a prontidão e projeção de meios das forças armadas na crise sismovulcânica na ilha de São Jorge.

“Quero deixar este valor, não o das palavras, mas o da vivência e de uma realidade que se projetou com eficácia na ultrapassagem das dificuldades, na prudência, na prevenção, na educação e na literacia às populações pelo comportamento de proteção civil, de saúde e de contar com as forças armadas portuguesas, como um elemento essencial de apoio às emergências das populações civis”, frisou.

O presidente do Governo Regional deixou uma palavra de agradecimento, em particular, ao almirante Silva Ribeiro, que está a terminar o seu mandato como Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, pela disponibilidade demonstrada para apoiar os Açores nos momentos mais difíceis.

“Tomou a iniciativa e o impulso de me contactar para prontidão máxima e total no apoio aos Açores e aos açorianos”, revelou, acrescentando que “os portugueses e os açorianos reconhecem a sua ação e o seu sentido estratégico”.

O presidente do executivo açoriano foi o único a discursar numa cerimónia militar, em que foram impostas condecorações e que terminou com um desfile das forças dos três ramos e de antigos combatentes.

LUSA/HN

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