“Em breve, a Direção-Geral da Educação e a Direção-Geral da Saúde (DGS) irão emitir recomendações nesse sentido”, adiantou hoje à agência Lusa fonte da DGS.
A posição da DGS surge na sequência do relatório de 2022 do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) hoje divulgado, que indica que mais de 36% das ementas escolares analisadas incluíram peixe com elevado teor de um composto de mercúrio que os dados científicos sugerem que constitui um “risco químico relevante” para a saúde.
A mesma fonte salientou que, das 1.185 refeições analisadas, apenas 5,5% forneciam pescado com elevado teor de metilmercúrio.
“Não sendo um valor muito expressivo, é um diagnóstico que remete para a necessidade de emitir uma orientação para as escolas para que os menus escolares deixem de fornecer estas espécies de pescado”, adiantou ainda a DGS.
No último ano, o PNPAS analisou a oferta de pescado na alimentação disponibilizada nas escolas, através da avaliação dos planos mensais de ementas de 133 municípios.
Os resultados indicaram que as espécies de pescado com “elevado teor de metilmercúrio fornecidas foram maioritariamente a maruca (47,7%), tintureira (24,6%), cação (9,2%), peixe-espada (7,7%), cardinal (6,2%) e espadarte (4,6%)”, adianta o documento.
Trata-se de um composto de mercúrio cuja “evidência científica sugere constituir um risco químico relevante para a saúde das populações”, salienta também o relatório, ao adiantar que, em populações com um elevado consumo de pescado, a exposição pré-natal e na infância ao MeHg “parece estar associada, entre outros, a neurotoxicidade no feto e comprometimento do desenvolvimento psicomotor na criança”.
LUSA/HN
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