O programa de inteligência artificial capaz de rastrear e detetar o glaucoma, a principal causa da cegueira irreversível no mundo, começou a ser posto em prática em novembro no Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) e a partir de hoje estende-se ao Centro de Saúde de Sete Rios, do Agrupamento de Centros de Saúde de Lisboa Norte.
O Serviço de Oftalmologia do CHULN adianta em comunicado que estabeleceu um protocolo para alargar este serviço a centros de saúde da região de Lisboa.
Segundo a mesma informação, esta é a primeira vez que se realizam rastreios de glaucoma nos cuidados de saúde primários.
O CHULN estima que o número de utentes abrangidos seja de 30 mil pessoas.
“Em caso de rastreio positivo, os utentes receberão logo informação para marcação de uma consulta de glaucoma a realizar no espaço de duas a três semanas no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte”, adianta o comunicado.
A nova forma de rastreio vem, através de uma fotografia tirada aos olhos, evitar a realização de um conjunto de sete exames com cerca de uma hora de duração, o que ajuda a poupar recursos e a acelerar o tratamento da doença.
Estima-se que em Portugal existam cerca de 400 mil pessoas com glaucoma, metade das quais por diagnosticar, de acordo com o CHULN.
Apesar de incurável, o glaucoma pode ser controlado de modo a prevenir a perda de visão, quando diagnosticado precocemente.
LUSA/HN
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