Por ocasião da publicação de um novo relatório sobre as suas atividades, a Gavi afirmou estar “no bom caminho para atingir a maioria dos seus objetivos estratégicos até 2025”.
Desde a sua criação, a Gavi contribuiu para a imunização de rotina de mais de mil milhões de crianças, ao mesmo tempo que tornou possíveis milhares de milhões de vacinas essenciais em situações de emergência ou pandemias.
Todos os anos, esta parceria público-privada, que reúne países doadores e beneficiários, bem como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a UNICEF, o Banco Mundial, a indústria de vacinas e a Fundação Bill & Melinda Gates, fornece vacinas que protegem metade das crianças do mundo contra algumas das doenças mais mortais.
Segundo a Gavi, os dados preliminares mostram uma recuperação da cobertura da imunização de rotina em 2022 nos 57 países que beneficiam da ajuda da organização, após a queda observada entre 2020 e 2021 devido ao impacto da pandemia de covid-19.
“Os níveis de cobertura vacinal tendem assim a aproximar-se do seu nível de referência histórico”, segundo a organização.
Para além do seu envolvimento na imunização infantil básica, a Gavi gere reservas de vacinas contra a cólera, a febre-amarela, as infeções meningocócicas invasivas e a doença do vírus Ébola.
A Gavi também desempenhou um papel fundamental no mecanismo Covax, que tinha como objetivo fornecer às populações dos países pobres vacinas contra a covid-19, às quais os governos não tinham acesso.
Embora a sua eficácia tenha sido muito afetada por dificuldades de abastecimento na Índia e pela desconfiança em relação às vacinas em certos países, a Covax “enviou quase dois mil milhões de doses, evitando assim 2,7 milhões de mortes em 92 países de baixos rendimentos”, refere o relatório.
O documento mostra ainda que, apesar da enorme pressão exercida sobre os sistemas de saúde dos países pela pandemia de covid-19, a Gavi cumpriu ou mesmo superou o calendário para a maioria dos compromissos que assumiu para o período 2021-2025. Estes incluem a vacinação de mais 300 milhões de crianças, evitando assim entre sete e oito milhões de mortes a longo prazo.
NR/HN/Lusa
0 Comments