Cabo Verde prepara 25 formadores para reforçar vigilância de saúde pública

26 de Agosto 2023

Cabo Verde quer melhorar a capacidade de detetar e responder a ameaças à saúde pública com a capacitação de cerca de 25 profissionais multidisciplinares de diferentes ilhas em Vigilância Baseada em Eventos (VBE), disse hoje fonte oficial.

Este tipo de vigilância é um conceito que tem sido introduzido na saúde pública em todo o globo depois da pandemia de covid-19 e que complementa os circuitos tradicionais de informação, com uma atenção cuidada a outras fontes, nos meios sociais.

“Nesse sentido, se nós fizermos formação, mais facilmente poderemos detetar as situações que podem pôr em risco a saúde pública, agindo rapidamente, para minimizar impactos”, afirmou a presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) de Cabo Verde, Maria da Luz Lima, na Praia, no encerramento do primeiro curso de formadores em VBE.

A formação decorreu durante cinco dias, englobando 25 profissionais multidisciplinares, com o apoio técnico do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (África CDC), visando compreender os conceitos e métodos da VBE para a deteção precoce de surtos e ameaças à saúde pública – como foi a covid-19.

Participaram organizações da sociedade civil, Serviço Nacional de Proteção Civil, bombeiros e serviços de comunicação.

Um dos objetivos consiste em entender a importância de uma vigilância coordenada na deteção e resposta, identificando, ao mesmo tempo, os desafios para a implementação da VBE em Cabo Verde.

“É uma formação muito setorial, precisamente porque temos de mostrar cada vez mais que a saúde é um tema transversal e a saúde pública é um esforço coletivo”, apontou.

“Isto está enquadrado no ano da Segurança Sanitária 2022/2023”, para “fortalecer o país” no diagnóstico de ameaças à saúde pública, dar uma resposta eficiente e rapidamente reduzir impactos, concluiu.

LUSA/HN

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