OM profundamente preocupada com SNS

10 de Outubro 2023

A Assembleia de Representantes da Ordem dos Médicos manifestou esta terça-feira “profunda preocupação” com o momento “particularmente difícil” vivido no SNS e defendeu uma ação urgente do Governo, avisando que, se nada for feito, a situação tornar-se-á insustentável em novembro.

“Este é o momento de união dos médicos e das estruturas médicas, num tempo particularmente difícil, que exige uma resposta e uma intervenção rápida do Governo”, defendeu o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Carlos Cortes, que reuniu a Assembleia de Representantes com o objetivo de ouvir os seus membros e analisar o atual momento do SNS, “o mais complexo que enfrenta desde a sua fundação”.

Na reunião, que juntou cerca de uma centena de clínicos de todo o país, o órgão da Ordem dos Médicos com maior representatividade mostrou “total apoio” à posição defendida pelo bastonário e pelo Conselho Nacional em relação às medidas para defender o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e melhorar as condições de trabalho dos médicos, adianta a OM em comunicado.

Manifestou também “profunda preocupação” com a atual conjuntura do Serviço Nacional de Saúde e as dificuldades que médicos e doentes enfrentam em vários hospitais, de norte a sul do país.

Para Carlos Cortes, é necessária “uma ação urgente e consequente do Governo para fazer face às dificuldades que afetam o SNS, e que irão agravar-se rapidamente se nada for feito”.

“Não serão suficientes medidas pontuais. É preciso repensar o SNS, na planificação dos seus recursos, no seu modelo de organização”, alertou Carlos Cortes, citado no comunicado.

No seu entender, a defesa de cuidados médicos de qualidade é um dever estatutário e deontológico da Ordem dos Médicos.

“A Ordem dos Médicos está empenhada em promover o diálogo e na defesa de todas as medidas de elementar justiça, de respeito e que dignifiquem o trabalho dos médicos. Hoje, os cuidados de saúde e a segurança dos doentes estão dependentes da intervenção do Governo para a melhoria do SNS. Esta situação, se nada for feito, tornar-se-á insustentável já no mês de novembro, comprometendo gravemente a capacidade de resposta de todo o SNS”, advertiu.

O bastonário realçou que “a saúde mudou profundamente nestas últimas décadas, mas os sucessivos Governos continuam a olhar para o SNS como há 40 anos, na altura da sua criação”.

Algumas das reivindicações apresentadas pela Ordem dos Médicos são a defesa da qualidade da formação médica, a valorização do papel dos médicos, traduzida em condições de trabalho adequadas e numa carreira médica justa e com progressão.

As estruturas representativas dos médicos vão reunir-se em Fórum Médico no próximo dia 16 de outubro, às 15:30, na Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos.

LUSA/HN

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