Em comunicado enviado à agência Lusa, a delegação regional da Beira Alta do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) sublinhou que o aumento de lotação no internamento de Medicina Interna, com mais quatro camas no setor A e mais oito camas no setor B, “compromete a segurança dos cuidados de enfermagem e principalmente a segurança do utente”.
O SEP disse compreender que “os utentes não possam permanecer no Serviço de Urgência em macas mais de 12 horas”, nomeadamente por não haver dispositivos suficientes para posicionamentos eficazes, “nem estrutura física adequada com utentes nos corredores que permitam em situações de urgência uma aspiração eficaz”.
Mas apontou que o aumento de camas traduz “um risco para o utente e para os profissionais de saúde”.
“Quer pela reduzida dimensão dos quartos que não permite cumprir com os cuidados de saúde de forma correta, como pela ausência de privacidade e pela incapacidade de uma resposta conveniente e em segurança de cuidados emergentes”.
“O facto de não existir reforço da equipa de enfermagem em condições anormais de trabalho poderá traduzir maior risco de aparecimento de úlceras por pressão e potenciais erros na medicação entre outros”, alertou o SEP em comunicado.
O sindicato exigiu ainda a vinculação de todos os enfermeiros com vínculo laboral precário e pagamento efetivo de todo o trabalho extraordinário realizado e em dívida.
Pediu ainda a “valorização económica de todos os enfermeiros já em sede de Orçamento do Estado 2024” e a requalificação do pavilhão 1 do Hospital Sousa Martins.
LUSA/HN
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