Israel: Telavive acusa OMS de conivência com o Hamas

25 de Janeiro 2024

Israel acusou hoje a Organização Mundial de Saúde de conivência com o Hamas, alegando que a OMS ignorou as provas israelitas de que o movimento islamita palestiniano utilizou os hospitais […]

Israel acusou hoje a Organização Mundial de Saúde de conivência com o Hamas, alegando que a OMS ignorou as provas israelitas de que o movimento islamita palestiniano utilizou os hospitais da Faixa de Gaza “para fins terroristas”.

Numa declaração publicada na rede social X, a embaixadora israelita na OMS, Meirav Eilon Shahar, denunciou a presença do Hamas “nos hospitais”, insistindo na acusação de utilizar os doentes como “escudos humanos”.

Em todos os hospitais que revistou em Gaza, acrescentou a diplomata, o exército israelita “encontrou provas de que eram utilizados para fins terroristas pelo Hamas”.

Israel acusa o Hamas de utilizar os hospitais para efetuar ataques e esconder túneis e armas, mas o movimento nega.

“O Hamas militarizou toda a zona civil da Faixa de Gaza, no âmbito de uma estratégia premeditada. São factos inegáveis que a OMS ignora repetidamente. Não se trata de incompetência. É um conluio. A OMS sabia que havia reféns nos hospitais e que os terroristas atuavam nesses locais “, acusou a embaixadora israelita.

“Mesmo quando lhe foram apresentadas provas concretas do que se passava no subsolo e à superfície, armas, quartéis-generais, salas fechadas, a OMS optou por fechar os olhos, pondo em perigo aqueles que devia proteger”, continuou.

A guerra foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, a 07 de outubro, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.

Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, das quais pouco mais de uma centena foi libertada no final de novembro durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos.

Segundo a mesma contagem, 132 reféns ainda se encontram no território, admitindo-se que 28 poderão ter morrido.

Israel jurou “aniquilar” o Hamas e lançou uma vasta operação militar que matou 25.700 palestinianos, na sua grande maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do movimento islamita.

Até à data, a OMS não confirmou as acusações de Israel de que o Hamas construiu túneis sob os hospitais e os utilizou como centros de comando.

A 21 de dezembro de 2023, questionado sobre este ponto durante uma conferência de imprensa, Richard Peeperkorn, representante da OMS nos territórios palestinianos ocupados, disse que a organização não estava “em posição de verificar como cada hospital foi utilizado”.

“O papel da OMS é monitorizar, analisar e informar… Não somos uma organização de investigação”, afirmou.

NR/HN/Lusa

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Stephan Peters sobre o Nutri-Score: “Não há evidências da sua eficácia na vida real”

Nutri-Score: Uma mais-valia ou uma ferramenta meramente ilusória? As opiniões sobre este sistema de classificação nutricional divide especialistas europeus. Há quem aponte o rótulo nutricional de 5 cores como um sistema útil para os consumidores poderem conhecer o valor nutricional geral dos produtos. No entanto, há quem aponte falhas “devido à sua falta de fundamentação científica”. Este foi o caso do investigador neerlandês Stephan Peters, da Dutch Dairy Association, que falou ao HealthNews sobre o assunto. 

Vacina Shingrix continua a proporcionar elevada proteção contra o Herpes Zoster

A GSK plc (LSE/NYSE: GSK) anunciou no dia 17 de abril dados positivos do ensaio clínico de fase III ZOSTER-049 de follow-up a longo prazo que seguiu os participantes durante aproximadamente 11 anos após a vacinação inicial com Shingrix (vacina contra o Herpes Zoster recombinante, com adjuvante ou RZV). Os dados finais do ensaio clínico demonstram que a RZV mantém a eficácia contra o Herpes Zoster durante mais de uma década em adultos com mais de 50 anos.

Manuel Alves morreu hoje em Lisboa vítima de cancro

O ‘designer’ português Manuel Alves, 73 anos de idade, da dupla de moda Alves/Gonçalves, morreu esta terça-feira no Hospital da Luz, vítima de cancro, confirmaram à agência Lusa amigos do estilista.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights