O doente, natural da cidade de Ladysmith, na província oriental de KwaZulu-Natal (KZN), apresentava sintomas semelhantes aos da varíola, incluindo erupções cutâneas por todo o corpo, mas não chegou a ser hospitalizado, informou o Ministério da Saúde num comunicado divulgado hoje pelos meios de comunicação social locais.
“Morreu em casa e testou positivo (…) em 23 de junho”, lê-se no comunicado.
As autoridades fronteiriças sul-africanas anunciaram terça-feira que os visitantes do país serão submetidos a um rastreio da doença nos portos de entrada do país.
A doença infeciosa pode provocar erupções cutâneas dolorosas ou com comichão, incluindo borbulhas ou bolhas, mas é “evitável e tratável se for diagnosticada precocemente”, segundo o Ministério da Saúde, que insta as pessoas a “evitar o contacto físico com alguém que tenha varíola” e a “praticar a higiene das mãos”.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em março foram confirmados 466 casos de varíola em 22 países e três mortes, embora as suspeitas de possíveis casos apontem para um número muito superior.
Só na República Democrática do Congo (RDCongo), o vírus causou mais de 7.000 casos e pelo menos 384 mortes desde o final de 2023, segundo a agência da ONU.
A OMS alertou, já no final de março, que este novo surto – de uma família diferente da que provocou uma emergência internacional em 2022 – representa um risco para a população congolesa, para os países vizinhos e para o mundo.
O representante da OMS na RDCongo, Boureima Hama Sambo, sublinhou a letalidade do surto de varíola, o que levou à declaração de uma emergência internacional entre julho de 2022 e maio de 2023, depois de terem sido notificados quase 90.000 casos em 111 países, com 140 mortes na Europa, nas Américas e noutros locais.
NR/HN/Lusa
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