“A16 de julho, a Rede Mundial de Laboratórios da Poliomielite isolou o ‘poliovírus tipo 2’ derivado da vacina de seis amostras de vigilância ambiental recolhidas a 23 de junho”, disse o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, aos meios de comunicação social acreditados pela ONU em Genebra.
Lindmeier adianto que, até agora, o vírus só foi isolado do ambiente e que não foram detetados casos de paralisia em humanos, um dos sintomas mais graves da doença, que ataca principalmente os nervos da medula espinal.
Antes do início da ofensiva militar israelita em 2022, a cobertura da vacinação de rotina contra a poliomielite (POL3) em Gaza era de 95% ou superior.
No entanto, o porta-voz alertou que a situação atual na Faixa, com apenas 16 dos 36 hospitais a funcionar parcialmente e 45 dos 105 centros de cuidados primários operacionais, cria o “ambiente perfeito” para a propagação de doenças como a poliomielite.
“A deterioração do sistema de saúde, a falta de segurança e de acesso, a constante deslocação da população, a escassez de material médico, a má qualidade da água e a debilidade do saneamento estão a reduzir as taxas de imunização de rotina e a aumentar o risco de doenças evitáveis por vacinação, incluindo a poliomielite”, afirmou.
Em resposta, a OMS está a realizar uma avaliação de risco para determinar a extensão da propagação do poliovírus e para pôr em prática respostas para a travar, se necessário, incluindo campanhas de vacinação imediatas.
Para tal, a OMS exorta as partes interessadas a garantir que todas as crianças sejam vacinadas contra a poliomielite e recorda que o cessar-fogo é “essencial” para permitir uma rápida expansão das atividades de imunização.
LUSA/HN
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