Os doentes têm estado internados no Egito, nos últimos meses, depois de terem sido retirados da Faixa de Gaza, informou a OMS, em comunicado. São uma pequena porção dos milhares de crianças e adultos que precisam de acesso a cuidados médicos especializados fora da Faixa de Gaza.
“Estas crianças muitos doentes [mais a mãe de uma delas] vão ter os cuidados de que precisam, graças à cooperação entre vários parceiros e Estados”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“Estamos imensamente gratos pelo apoio e a ajuda fornecida pelo Egito e pela Espanha. Encorajamos outros países com capacidade e infraestruturas médicas a receberem pessoas, que, sem qualquer responsabilidade sua, fruam apanhadas por esta guerra”.
Quase todas as crianças (13) têm problemas crónicos de coração e um tem mesmo um cancro.
As crianças, que estão acompanhadas por 25 pessoas, entre familiares e cuidadores de saúde, chegaram ao Egito antes de 06 de maio, após o que as retiradas de pessoas se tornaram quase impossíveis, devido ao encerramento da fronteira em Rafah. Desde então, apenas 23 pessoas foram retiradas, através de outra passagem, a de Kerem Shalom.
Desde outubro, cerca de cinco mil pessoas foram retiradas da Faixa de Gaza para tratamento, das quais 80% estão a receber cuidados no Egito, na Qatar e nos Emirados Árabes Unidos.
“Estas crianças são apenas a ponta do icebergue. Milhares de pessoas de todas as idades continuam na Faixa de Gaza, a precisarem de ser retiradas e estão em risco de morrer, se não tiverem acesso rápido aos cuidados médicos avançados de que precisam”, disse Hanan Balkhy, diretor da OMS para o Mediterrâneo Oriental.
O processo que envolveu os doentes hoje chegados a Espanha foi apoiado pelo Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, em parceria com a OMS. O Fundo de Ajuda às Crianças da Palestina tratou da documentação dos doentes e das autorizações de viagem. O governo egípcio apoiou os tratamentos, enquanto estas pessoas estiveram no país, o que Espanha vi fazer agora. As crianças vão ser tratadas em vários hospitais em Espanha.
A OMS está a encorajar outros Estados a fazerem o mesmo.
O diretor da OMS para a Europa, Hans Henri P. Kluge, já agradeceu ao primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sanchez, à ministra da Saúde, Monica Garcia, “e a todos os que tornaram isto possível”.
A OMS está a apelar à criação de vários corredores para retirar doentes, de forma sustentada, organizada, segura e atempada, através de todas as rotas possíveis, incluindo Rafah e Kerem Shalom.
LUSA/HN
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