A informação foi avançada pelo secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades, Paulo Estevão, numa resposta ao Chega/Açores.

O partido questionou, no dia 23 de julho, o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) sobre o fecho temporário da Unidade de Saúde de Remédios, na ilha de São Miguel, que serve “uma população envelhecida e afastada do centro do concelho”.

Num requerimento enviado ao executivo açoriano através do parlamento regional, o grupo parlamentar do Chega perguntou sobre o motivo do encerramento daquela Unidade de Saúde até ao dia 30 de agosto e porque “não se arranjou uma solução que evitasse” o seu fecho temporário.

Na resposta, o secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades, Paulo Estevão, esclarece que no dia 24 de julho foi encontrada uma solução, numa reunião entre o Conselho de Administração da Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel (USISM) e os presidentes de junta das freguesias dos Remédios, Pilar e Ajuda.

“Foi decidido que o posto de saúde em questão iria abrir às terças e quintas-feiras, entre as 08:30 e as 15:30, com a presença de assistente operacional, assistente técnica e enfermeira e com o apoio das Juntas de Freguesia a nível de recursos humanos”, adiantou Paulo Estêvão na resposta hoje consultada pela agência Lusa.

Segundo o governante, no encontro “ficou ainda decidido que, durante uma tarde por semana, se garantirá a presença de médico para atendimento de grupos de risco”.

“Nos outros dias da semana, sempre que seja necessário o atendimento pela equipa de enfermagem, está assegurado também o transporte dos utentes para o posto de saúde mais próximo, novamente com apoio das Juntas de Freguesia”, concluiu.

Na resposta ao Chega/Açores, o executivo regional também explica que a situação verificada “se deveu ao facto de o assistente técnico que garantia o serviço administrativo daquela Unidade de Saúde desempenhar essas funções no âmbito de um programa CTTS [Colocação Temporária de Trabalhadores Subsidiados] que chegou ao fim, não sendo renovável”.

“Ademais, o médico que dá apoio neste posto de saúde não se encontra ao serviço e o assistente operacional estava de férias”, acrescentou.

No texto, Paulo Estêvão lembra ainda que o encerramento do Hospital de Ponta Delgada, que foi atingido por um incêndio no dia 04 de maio, “levou a que a USISM, para além de toda a sua atividade programada e assistencial habitual, tenha tido a necessidade de se organizar por forma a garantir uma maior e melhor resposta a todos os utentes da ilha de São Miguel, pelo que foi necessário abrir novos serviços de atendimento urgente”, em Lagoa e Ponta Delgada.

LUSA/HN