Cuidados Intensivos reforçadas com mais 202 camas e 350 enfermeiros

31 de Outubro 2020

Os cuidados intensivos vão ser reforçadas com mais 202 camas e vão ser contratados mais 350 enfermeiros para estas unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), anunciou hoje o primeiro-ministro.

António Costa falava aos jornalistas após um Conselho de Ministros extraordinário que decidiu novas medidas restritivas para controlar o aumento de casos de infeção com o vírus da covid-19 no país.

O primeiro-ministro avançou que as Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) vão ser reforçadas agora com 52 camas, 50 até ao final de dezembro e as restantes 100 no primeiro trimestre de 2021.

O chefe do Governo sublinhou que os novos enfermeiros para as UCI vão ser contratados num “regime excecional” e o “concurso agora aberto” terá até 350 vagas.

“Não serão contratados a termo, mas são diretamente contratados para sua integração na carreira de forma a que seja um concurso que incentiva mais enfermeiros a concorrer”, disse António Costa, frisando que o concurso para enfermeiros das UCI decorre em paralelo com os concursos a decorrer ou que vão ser abertos para a contratação de novos médicos para estas unidades.

Segundo António Costa, neste momento está em curso a colocação nos hospitais de 48 médicos intensivistas e em janeiro será aberto um novo concurso para a formação de mais 46.

O primeiro-ministro avançou que atualmente o SNS tem “ainda 362 camas com capacidade para acolher novos doentes covid.

“É evidente se continuar a subir esta pandemia aquelas 362 camas vão crescer para podermos acomodar mais doentes covid. Mas esse crescimento será feito necessariamente à custa das camas que estão disponíveis para outro tipo de patologias”, alertou, dando conta que as Unidades de Cuidados Intensivos têm atualmente uma reserva de 70 camas para doentes com covid-19.

António Costa frisou que, em caso necessidade, pode ser alargado esta capacidade dos UCI com recurso a mais 505 camas que podem ser mobilizados e afetas aos doentes com covid-19.

“Se continuarmos a pressionar o SNS nós temos dificuldades crescentes para responder a esta situação”, disse ainda.

LUSA/HN

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