Ministra aceita pedido de demissão da administração do Hospital Amadora-Sintra

6 de Fevereiro 2025

O Ministério da Saúde anunciou que a ministra Ana Paula Martins aceitou o pedido de demissão do Conselho de Administração da ULS Amadora-Sintra hoje apresentado.

“A ministra da Saúde recebeu ao início da tarde de hoje o pedido de demissão do Conselho de Administração da ULS Amadora-Sintra que aceitou”, refere o ministério numa nota enviada à agência Lusa.

Tal como já estava agendado, a ministra da Saúde vai reunir-se com a Ordem dos Médicos e com o grupo dos médicos internos do serviço de cirurgia do Hospital Fernando da Fonseca que escreveram uma carta denunciando falhas de segurança para os doentes.

Os membros do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Amadora/Sintra apresentaram hoje a sua demissão à ministra da Saúde e ao diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde.

O Conselho de Administração, liderado por Luís Gouveia, afirma que não quer ser “um obstáculo” às “medidas e políticas” que a tutela considere necessário implementar.

“O Conselho de Administração sempre seguiu o caminho da legalidade, ética e justiça, nunca considerando qualquer outro e reitera que a sua prioridade sempre foi garantir o interesse dos utentes, a confiança na instituição e a qualidade dos serviços prestados”, afirma em comunicado, um dia depois de Luís Gouveia se ter reunido com a tutela e ter garantido que se mantinha em funções.

A reunião, que já tinha sido pedida pelo administrador hospitalar, aconteceu dois dias depois do bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Carlos Cortes, ter pedido intervenção direta da ministra, por considerar que o hospital está a trabalhar “muito abaixo dos limites” de segurança clínica.

O Conselho de Administração tomou posse a 05 de julho de 2023, assumindo a responsabilidade de liderar a instituição, “num momento delicado, na sequência das denúncias de situações de alegadas más práticas médicas, no Serviço de Cirurgia Geral”, lembram.

“O regresso à instituição, em outubro de 2024, dos cirurgiões que denunciaram estas situações, motivaram a saída concertada de 10 especialistas do Serviço de Cirurgia Geral”, sublinha, referindo que foi feita uma aposta “de forma estratégica na qualificação e reforço da equipa, garantindo a continuidade dos serviços prestados”.

LUSA/HN

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