De acordo com o INE, a percentagem dos residentes com doença crónica ou problema de saúde prolongado fixou-se nos 42,3%, mais 10,2 pontos percentuais do que em 2004, afetando mais os idosos (68,1%) e as mulheres (45,9%).
Em 2024, cerca de 30% na população empregada referia morbilidade crónica, proporção que aumentava para quase 40% no caso da população desempregada.
O boletim do INE, divulgado no Dia Mundial do Doente que hoje se assinala, refere ainda que, em 2023, Portugal era o terceiro país da União Europeia (UE) com a maior proporção de pessoas com doença crónica ou problema de saúde prolongado (44,5%), cuja média era de 35,1%.
Há dois anos, Portugal era apenas superado pela Finlândia e pela Estónia.
O INE recorda também que as dores lombares e cervicais foram as doenças crónicas referidas com maior frequência em 2019 (37,3% e 27,1%, respetivamente) e a hipertensão arterial foi referida por 26,4% da população.
As doenças crónicas afetavam, na generalidade, mais as mulheres do que os homens, especialmente as dores lombares e cervicais, a artrose e a depressão.
O INE explica que doença crónica é uma “doença previsivelmente permanente que necessita de intervenção médica para o seu acompanhamento e controlo” e que o problema de saúde prolongado é um “problema de saúde que dura ou se prevê vir a durar mais do que seis meses”.
Os dados apresentados, recolhidos no Inquérito às Condições de Vida e Rendimento e no Inquérito Nacional de Saúde, correspondem à autoavaliação da existência de doença crónica ou problema de saúde prolongado, não dependendo de diagnóstico médico.
NR/HN/Lusa
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