“Todos os casos que foram fiscalizados, em 470 veículos, tinham justificação para estar a circular àquela hora”, disse à Lusa o comandante Félix, da divisão de trânsito da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Lisboa.
A maioria eram pessoas que “vinham do trabalho” ou “iam trabalhar” e “traziam declarações da entidade patronal para poderem deslocar-se”, precisou a mesma fonte.
Em alguns casos, regressavam a casa “após terem jantado, apenas não estavam em casa porque houve um congestionamento e não conseguiram chegar à hora que pretendiam”, acrescentou.
Durante a operação, que decorreu entre as 22:30 de sexta-feira e as 02:30 desta madrugada na A2, na ponte 25 de Abril, no sentido Norte-Sul, a PSP levantou seis autos de contraordenação por infrações várias (três por falta de inspeção periódica e dois por falta de documentos, além de um veículo pesado que circulava com excesso de peso).
A PSP apreendeu ainda dois veículos, “um por dívidas fiscais às Finanças e outro por ordem do tribunal”, segundo a mesma fonte.
A operação de fiscalização do trânsito envolveu 17 agentes da PSP, apoiados por oito veículos policiais.
Portugal está em estado de emergência desde 09 de novembro, que se prolonga até 23 de novembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado e municípios vizinhos. A medida abrange 114 concelhos, número que passa a 191 a partir de segunda-feira.
Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23:00 e as 05:00, enquanto nos fins de semana a circulação está limitada entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e entre as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.294.539 mortos em mais de 52,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 3.250 pessoas dos 204.664 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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