A primeira vacina foi administrada às 10:07 a António Sarmento sob o olhar da ministra da Saúde, Marta Temido, e perante dezenas de `flashes´ e objetivas de televisão e ao som de aplausos.
A administração aconteceu na zona K5 que, habitualmente, está reservada às consultas externas do Hospital de São João.
O diretor de serviços de doenças infecciosas, António Sarmento, de 65 anos, a trabalhar nesta unidade de saúde há 42, foi o primeiro vacinado.
No Hospital de São João a “megaoperação” de vacinação mobiliza cerca de 100 profissionais.
Ao longo de 10 horas, e em 25 pontos de vacinação a trabalhar em simultâneo, serão administradas 2.125 vacinas contra a covid-19 a médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e técnicos de diagnóstico e terapêutica de serviços referenciados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
O processo, quase que cronometrado ao segundo, foi descrito aos jornalistas no sábado por responsáveis do hospital, entre os quais o diretor da Unidade Autónoma de Gestão (UAG) de Urgência e Medicina Intensiva do Hospital de São João, Nelson Pereira, que frisou: “Vacinar é um ato de cidadania para se alcançar uma imunidade que defenda o país”.
O primeiro lote de vacinas contra a covid-19 chegou sábado a Portugal. Escoltada por forças de segurança, a viatura refrigerada que transportou as vacinas da Pfizer, duas caixas com um peso total de 41 quilogramas, entrou no perímetro da unidade de armazenamento no distrito de Coimbra cerca das 09:45.
À semelhança de outros países da União Europeia, em Portugal a vacina é facultativa, gratuita e universal, sendo assegurada pelo SNS.
Na segunda-feira, a Comissão Europeia autorizou a colocação no mercado da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, horas após a Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter dado o seu parecer científico favorável.
Marta Temido anunciou na ocasião que os profissionais dos centros hospitalares universitários do Porto, Coimbra, Lisboa Norte e Lisboa Central seriam os primeiros a ser vacinados.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,7 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 6.556 em Portugal.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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