Angela Merkel alerta que “crise histórica” vai continuar em 2021

31 de Dezembro 2020

A chanceler alemã, Angela Merkel, vaticinou na quarta-feira que a "crise histórica" da Covid-19 vai continuar em 2021, mesmo que a vacinação traga esperança.

“Estes dias e semanas (…) são tempos difíceis para o nosso país. E ainda vai durar muito”, disse no seu discurso de antecipação do novo ano.

A Alemanha foi duramente atingida pela segunda vaga da pandemia da Covid-19 e teve de decretar um novo confinamento parcial pelo menos até 10 de janeiro.

“Os desafios que a pandemia nos coloca continuam imensos”, afirmou, agradecendo aos alemães que respeitaram as restrições de contactos para travar a propagação dos contágios.

Apesar dos “tempos difíceis”, Merkel realçou que “a esperança teve um rosto, o dos primeiros vacinados”, nomeadamente em lares. A Alemanha iniciou no sábado a campanha de vacinação contra a Covid-19, antecipando-se num dia a outros países da União Europeia, como Portugal.

Na sua intervenção, a chanceler alemã criticou o movimento dos céticos da Covid-19, ilustrado por várias manifestações no país.

“Só posso imaginar a amargura sentida por aqueles que choram um ente querido por causa do coronavírus, ou aqueles que continuam a sofrer as sequelas, quando a existência do coronavírus é contestada ou negada por alguns”, apontou, assinalando que “as teorias da conspiração não são apenas falsas e perigosas, mas também cínicas e cruéis”.

Na quarta-feira, a Alemanha ultrapassou pela primeira vez as mil mortes diárias por Covid-19, uma cifra em parte explicada pela autoridade de saúde pelo registo de dados incompleto durante a época natalícia.

Desde o início da pandemia no país, já morreram 32.107 pessoas, dos mais de 1,6 milhões de infetados.

A pandemia da Covid-19 provocou pelo menos 1.791.033 mortos resultantes de mais de 81,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

A Covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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