“O online está para ficar, não vai desaparecer. Acho importantíssimo que os alunos tenham acesso a equipamentos”, disse à agência Lusa Roberto Carneiro, que, como independente, foi ministro da Educação no XI Governo Constitucional, liderado por Cavaco Silva.
Para Roberto Carneiro, a paragem letiva de 15 dias decidida pelo governo tem consequências negativas para os alunos, mas o critério fundamental para fechar as escolas foi “um critério de saúde”, frisou.
Questionado sobre a opção do governo de não manter as aulas online, afirmou: “Não sei se o ensino está preparado para isso, mas devia estar. Devia estar preparado para ser online em qualquer altura”.
Já o fecho das escolas, observou, reunia “um grande consenso”.
“Eu tenho 19 netos e tenho sentido isso da parte dos meus filhos e dos meus netos, a necessidade de cuidarem sobretudo da saúde”, declarou.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou na quinta-feira novas medidas para conter a pandemia de Covid-19, nomeadamente o encerramento das escolas, a partir de hoje e durante duas semanas.
A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 2.092.736 mortos resultantes de mais de 97,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.920 pessoas em 609.136 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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