Segundo a Associated Press, foi a primeira vez que Israel confirmou a transferência de vacinas para a Palestina, onde a vacinação está muito atrasada, não se tendo ainda verificado qualquer imunização.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) mostrou-se preocupada sobre a disparidade existente entre Israel e os palestinianos que vivem na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza.
Grupos internacionais de direitos humanos e especialistas das Nações Unidas consideraram Israel responsável pelo bem-estar dos palestinianos nessas áreas.
Israel refere que, com acordos de paz provisórios alcançados na década de 1990, não é responsável pelos palestinianos mas, em qualquer caso, disse que não tinha recebido pedidos de ajuda.
O ministério de Gantz confirmou hoje que a transferência das vacinas foi aprovada, não avançando com mais detalhes sobre quando isso aconteceria.
Não houve comentários imediatos das autoridades palestinianas.
Israel é um dos líderes mundiais na vacinação da sua população depois de fechar acordos de compra com os laboratórios internacionais Pfizer e Moderna.
O Ministério da Saúde afirma que quase um terço dos 9,3 milhões de israelitas receberam a primeira dose da vacina, enquanto cerca de 1,7 milhões de pessoas já receberam as duas doses.
A campanha de vacinação inclui cidadãos árabes de Israel e palestinianos que vivam em Jerusalém oriental anexada. Mas, os palestinianos que vivem na Cisjordânia sob autonomia do governo da Autoridade Palestina e os que vivem sob o domínio do Hamas em Gaza não estão incluídos.
A autoridade palestiniana tem tentado adquirir doses de vacinas por intermédio de um programa da OMS, mas este tem demorado a sair do papel.
A disputa reflete a desigualdade global no acesso às vacinas, à medida que os países ricos absorvem a maior parte das doses, deixando os países mais pobres ainda mais para trás no combate aos efeitos que a pandemia tem na saúde pública e na economia.
LUSA/HN
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