“O impacto da pandemia sobre o cancro na região é catastrófico”, disse o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Europa, Hans Kluge, no Dia Mundial do Cancro.
Entre os 53 países da região para a OMS (incluindo vários países da Ásia Central), um em cada três países interrompeu parcial ou totalmente os seus serviços oncológicos por causa da mobilização contra a pandemia e das restrições de viagens.
“Alguns países tiveram escassez de medicamentos anticancerígeno e muitos registaram uma queda significativa em novos diagnósticos de cancro, mesmo em países mais ricos”, observou Kluge, em comunicado, apontando o agravamento das desigualdades devido à crise económica.
Na Holanda e na Bélgica, durante o primeiro confinamento na primavera de 2020, o número de cancros diagnosticados caiu 30 a 40% e no Quirguistão caiu 90% em abril de 2020, disse o responsável.
A OMS prevê que os atrasos no diagnóstico e tratamento no Reino Unido levem a um aumento de 15% nas mortes por cancro colorretal e 9% por cancro de mama nos próximos cinco anos.
Na região europeia, o cancro, a diabetes e as doenças respiratórias crónicas são responsáveis por mais de 80% das mortes a cada ano.
A OMS pretende mobilizar novamente as autoridades com uma iniciativa focada em particular na prevenção, deteção precoce e acesso para todos ao diagnóstico e tratamento.
LUSA/HN
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