“O primeiro carregamento de vacinas provenientes de Moscovo aterrou no aeroporto Imã Khomeiny de Teerão”, indicou a agência, sem precisar o número de doses.
Os segundo e terceiro lotes da vacina serão enviados para Teerão até 18 e 28 de fevereiro, respetivamente, indicou Kazem Jalali, embaixador da República Islâmica na Rússia, citado pela Irna.
No Irão, foram registados 58.256 mortos entre os 1.445.326 infetados desde o início da pandemia em fevereiro de 2020, segundo os dados anunciados hoje pela porta-voz do Ministério da Saúde, Sima Sadat Lari.
Considerando a situação “sensível e frágil”, Lari avisou que o país podia esperar um “recrudescimento” da doença “se as regras sanitárias não forem cumpridas”.
O número de mortes diárias relacionadas com o coronavírus passou desde o início de janeiro para menos de cem, pela primeira vez desde junho.
O líder supremo iraniano, o ‘ayatollah’ Ali Khamenei, proibiu em janeiro a importação de vacinas fabricadas nos Estados Unidos e no Reino Unido, considerando que estas poderiam “contaminar” o país.
No entanto, o ministro da Saúde, Said Namaki, afirmou na quarta-feira que o Irão vai receber, “em fevereiro, da AstraZeneca (anglo-sueca) 4,2 milhões de doses de vacinas através do Covax”, o dispositivo criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o acesso às vacinas por parte dos países mais desfavorecidos.
“A AstraZeneca é produzida na Rússia, na Índia e na Coreia do Sul e o Irão utiliza esses produtos anti-coronavírus”, indicou à agência France Presse Kianuche Jahanpur, o diretor de relações públicas do Ministério da Saúde.
Teerão queixa-se há semanas de não poder comprar vacinas contra a Covid-19 no estrangeiro devido às sanções norte-americanas que levam, segundo responsáveis iranianos, ao bloqueio das transações no momento do pagamento.
Em dezembro, o Irão começou os ensaios clínicos da sua vacina.
A pandemia de Covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019 na China, provocou pelo menos 2,2 milhões de mortos resultantes de mais de 104,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da AFP.
Lusa/HN
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