De acordo com o secretário-geral adjunto das Nações Unidas (ONU) para os Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, este valor inicial será mobilizado através do Fundo Central de Resposta de Emergência das Nações Unidas (CERF).
“Quebrar a cadeia de transmissão é a prioridade, por isso estamos a libertar um financiamento rápido para a sensibilização comunitária, a prevenção e controlo de infeções e a vacinação” disse Lowcock.
Nos últimos dias foram registados surtos de Ébola na Guiné-Conacri, pela primeira vez desde o final da epidemia que terminou em 2016, enquanto na República Democrática do Congo (RDCongo) este é o primeiro surto de febre hemorrágica do vírus desde a décima epidemia que matou mais de 2.200 pessoas entre agosto de 2018 e junho de 2020.
O financiamento ajudará os dois países a responderem aos surtos e apoiará os países vizinhos na sua preparação para uma eventual propagação da doença.
De acordo com dados do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), até 16 de fevereiro foram registados nos dois países 21 casos confirmados da doença e sete mortes.
A RDCongo registou quatro casos e duas mortes, enquanto a Guiné-Conacri registou 16 casos e 5 mortes na região de N’Zerekore e um caso na capital, Conacri.
N’Zerekore é a mesma região onde teve origem a epidemia de há cinco anos, que alastrou posteriormente aos vizinhos Libéria e Serra Leoa, tendo causado mais de 11.300 mortos, 2.500 dos quais na Guiné-Conacri.
A República Democrática do Congo, que tinha sofrido surtos em 2019 e 2020, comunicou novos casos no dia 07 de fevereiro.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou, entretanto, seis países da região em alerta.
O vírus Ébola, que provoca febres altas, vómitos e diarreias, foi identificado pela primeira vez em 1976 na República Democrática do Congo (RDCongo) e deve o seu nome a um rio no norte do país, perto do qual teve origem o primeiro surto.
O Ébola é transmitido entre humanos através de fluidos corporais, como sangue ou fezes, e tem uma taxa de letalidade muito elevada, que varia entre 50% e 90%, de acordo com a OMS.
Lusa/HN
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