De acordo com um boletim de tráfego da empresa pública Aeroportos e Segurança Aérea (ASA), ao qual a Lusa teve hoje acesso, os aeroportos de Cabo Verde receberam no mês de janeiro deste ano um total de 831 aeronaves (-75% face a janeiro de 2020) em voos internacionais e domésticos.
Já o número de passageiros em embarques, desembarques e trânsito foi de 18.805 em voos domésticos e 19.546 em voos internacionais, totalizando desta forma 38.351 passageiros, contra os 260 mil em janeiro de 2020 (-85%).
A economia de Cabo Verde depende essencialmente do Turismo, com um peso direto de cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) e um recorde de 819 mil turistas em 2019. O mês de janeiro é considerado como de época alta na procura turística por Cabo Verde.
Contudo, desde finais de março que o arquipélago praticamente não tem atividade turística, face aos condicionalismos impostos por vários países, para travar a transmissão da pandemia de covid-19, e com o Governo a estimar a duplicação da taxa de desemprego até dezembro, para quase 20%.
O Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, a mais turística de Cabo Verde e que tem registado um movimento anual acima de um milhão de passageiros, contou em janeiro com apenas 5.548 passageiros em embarques e desembarques, o que representa uma quebra de 95% face ao primeiro mês de 2020.
O aeroporto da capital, na Praia, movimentou em janeiro um total de 22.463 passageiros, em voos internacionais e domésticos, uma quebra de 58% face ao mesmo mês de 2020.
Cabo Verde tem quatro aeroportos internacionais, nas ilhas de Santiago, do Sal, da Boa Vista e de São Vicente, e três aeródromos, nas ilhas de São Nicolau, Maio e Fogo, todos operados pela ASA.
Globalmente, os aeroportos cabo-verdianos movimentaram quase 776.000 passageiros em 2020, perdendo praticamente dois milhões de passageiros no espaço de um ano (-72%), devido à pandemia, segundo dados anteriores da ASA.
LUSA/HN
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